terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Bom mesmo era ser provincia

Eu bem que poderia escrever sobre a consulta derradeira com a minha terapeuta. Mas, a principio, estou tirando umas férias, fiquei de dar um sinal em março. Não vale o post.
Vamos a algo menos intimo, sim, daqui a pouco eu nem terei mais graça. Todo mundo sabendo dos meus mais profundos sentimentos, pensamentos e questionamentos. Assim a vida fica facil demais. Vamos falar de shows. E digo mais, shows internacionais!
Pois bem, eis que Porto Alegre deixou de ser uma provincia e todos os cantores resolveram dar o ar da graça na terra de Kleiton e Kledir. Se bem que alguns afinados nem chegarão até o Laçador. Amy Winehouse é uma dessas. De qualquer forma, o Brasil virou parada obrigatoria. Que bom! E que ruim! Não, eu não sou maluca. ( Ta, eu sei que tem gente rindo ironicamente pelos cantos, mas enfim) Ruim porque não da tempo; ruim porque é humanamente, ou melhor, financeiramente impossivel arcar com tantos tickets.
Ok, é uma evolução. Mas, os valores são exagerados. Esse negocio de lote então, nem se fala! Compre nos primeiros 15 minutos ou pague em 10X de 30 pilas. Triste.
E pensar que, em Paris, quase paguei 70 euros para assistir à Madonna. Praticamente de graça! Mas, atenção, eu disse quase. E agora vem a parte lamentavel deste post. Ah e tambem a parte reveladora, a parte consultorio virtual: não assisti a nenhum show na cidade da mocinha de  La Vie en Rose. Não, eu acho que vocês não estão lendo direito. NENHUM SHOW. Ah, agora eu posso ouvir os berros de indignação. A massa gritando, burra, burra! Poupem-se. A autoflagelação ja foi cometida. Mas, querem saber? O grande numero de shows foi exatamente o que me prejudicou. Cada ida à Virgin Megastore da Champs-Elyseé era uma tortura. Sempre centenas de artistas anunciados, dezenas de ingressos a comprar. Além da tiazinha que cantava como uma virgem, estiveram por la Lily Allen, Beyoncé, Pussycat Dolls, Maroon 5, Elton John, Chris Brown...iii a lista é infindavel! Sem contar Natiruts! hehehe (piadinha infame).
A oferta facil de grandes shows confude a cabeça do ser. Mas, por outro lado, os ingressos chegavam a custar 30 ou 40 euros. Ridiculo. Ta bom, ja vi que nem adianta tentar me explicar. Fui uma completa topeira.
E não que continuo a ser? Isso mesmo! Acabei não comprando o ingresso pro show da tia Rehab. Na verdade, tenho um compromisso, uma formatura. Mas eu sei, persistir no erro é burrice. Ainda mais depois da classificação feita em uma matéria do segundo cadero da ZH que colocou o show da loca no topo! Parece que até vender orgão ta valendo, so não da pra perder a apresentação. Perdi. Agora é tarde, cinco notas de 50 ainda fazem uma grande diferença no meu salario de estagiaria. Chuparei o dedo.
Calma, ainda tem Shakira e Roxette. Melhor que isso tudo, so ir até o Rio durante minhas férias, em fevereiro, pra ver o show da Kate Nash! Torçam por mim. Um dia eu viro uma pessoa....uma pessoa...digna.
Para tudo. Eu ia esquecendo! Assisti a um show sim. Ta...um pocket show na Fnac. Caimos de paraquedas! E foi demais. Na salinha minuscula onde metade do povo teve de ficar de fora estava Ayo. Gente, que descoberta. Conheci a musica dessa mulher de gratis! Mon dieu, pensando bem, eu nem sou tão looser assim!

*favor fazer de conta que os acentos nunca existiram.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Um domingo sem inspiração

Há tempos não apareço por aqui. A falta de inspiração, entretanto, não pode ser considerada como totalmente negativa. Sei que tem uma questão preocupante, a minha falta de foco. Tenho de admitir também que ando muito alienada. Há meses não vou ao cinema, não alugo um DVD, não leio um livro. Vergonhoso.
Minhas energias estão sendo sugadas pelas pistas de dança da cidade. Oh, que moçoila frenética. Mas, é a realidade. E a situação está tão sem controle que cheguei ao ponto de sair sozinha. Não que isso seja super inusitado, até porque, em Porto Província, sempre se conhece alguém. Mas, eu fui. Desci do taxi sozinha. (ohhhh). E gostei.
Bom, mas quais eram os aspectos positivos mesmo? Ah sim, lembrei. Estou vivendo a vida real. Vejam, que magnífico. Que conclusão fantástica. Um blog abandonado é sinônimo de real life minha gente. Sem exageros, é óbvio que ainda passo horas e horas no Facebook, no Twitter, no MSN e afins. Mas, já não ficou nervosa se vejo meu diário aberto desatualizado. Não tem o que escrever, não tem e pronto. O bom mesmo é poder ter essa liberdade. O compromisso de preencher uma página em branco diariamente eu deixo com os colunistas da Zero Hora. Se um dia eu estiver no lugar deles, aí sim vou botar os miolos pra funcionar com mais eficiência. 
Querem saber? Que papinho de louco. Bota falta de inspiração nisso. Só pode ser o domingo. Um domingo daqueles, bem com cara de domingo. 
Ah, eu até comecei a ler um livro esses dias...parabéns pra mim. 

domingo, 5 de dezembro de 2010

É impossível ser feliz sozinho...

Reencontros são necessários. Comprovei essa máxima na ultima quarta-feira, quando dividi as novidades da vida com uma ex-colega do Rosario. Necessidade pode ser uma palavra fria até. Mas,  é assim, suprindo nossas necessidades, que sobrevivemos.
Precisamos nos relacionar e o mais difícil é justamente manter essas relações. O início, nornalmente, é muito simples. Temos, pelo menos a maioria, a facilidade de nos comunicar, de achar pontos comuns, de encontrar gostos semelhantes e  inventar assunto. Os brasileiros então são mestres no quesito simpatia, no interesse pelo outro. Mas, e manter esse interesse? Fazer com que aquela pessoa continue sendo importante, necessaria, depois de 15 minutos?
Pura falta de esforço. Ninguem quer ter trabalho, ligar para o outro, enviar um e-mail, dar um sinal, tudo isso é muito cansativo. Ainda mais em tempos de redes sociais. Por que vou me deslocar se posso saber de tudo pelo Twitter?
E assim os dias passam e a gente se acostuma, se acomoda. Se contenta em esperar pelo acaso. Deixa tudo nas mãos do destino. Mas, ele tambem não pode ir contra a nossa vontade. Por isso, não custa transformar em realidade a maldita frase: "vamos combinar alguma coisa".
Pensar naquelas pessoas que, em algum momento, foram importantes e marcar um encontro, dar um telefonema ou fazer uma visita não tira pedaço e tambem não vai custar tanto tempo. Com certeza, bem menos do que perdemos na frente dos nossos computadores. No caso de uma relação que vai além da amizade, tudo isso também é permitido. (Coitada de mim, dando uma de conselheira) Atualmente, parece que as ações são todas muito bem pensadas, não se pode mais demostrar interesse, não se pode demonstrar que o outro é sim importante. Cometer alguma loucura está fora de cogitação. Qualquer atitude pode assustar o outro, fazê-lo sumir pelo medo de ter algo mais "sério". Melhor mesmo é entrar na onda da superficialidade.
Mas, o Tom Jobim já havia dito que era impossível ser feliz sozinho...vai que ele tinha razão.
Ai, eu sei, a reflexão tá um pouco pesada para uma madrugada de sábado. Deve ser isso, recalque. Esqueçam tudo o que foi escrito, aproveitem as novas relações que hoje surgirão, mesmo que seja apenas por uma noite.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Desabafo construtivo de uma apaixonada

Minha psiquiatra havia me definido ontem: apaixonada. Tudo o que planejo, faço e penso é com muita paixão. Não sei não me envolver, não aprendi ainda a ser neutra, a ser totalmente racional. O que pode ser uma qualidade, afinal a vida está aí para ser vivida, pode trazer também alguma angústia. E hoje passei por mais um teste. 
Tivemos quatro aulas para criar um projeto totalmente inovador para a cadeira de Online II. Éramos sete cabeças pensantes. Sete cabeças femininas do sétimo semestre da faculdade de jornalismo. O desafio era gigante. Durante algum tempo brigamos, batemos boca e nos irritamos com os professores. Imaginem, se tivéssemos realmente a capacidade para uma ideia brilhante - nova e viável - não estaríamos sentadas aqui, assistindo às aulas! Nossa indignação foi tanta que resolvemos manter nosso projeto inicial, mesmo após alguns alertas dos nossos mestres.
Pois bem, nesta terça-feira que acabou de terminar, deveríamos defendê-lo perante uma banca, formada pelos próprios, com a presença de um convidado. E lá fomos. Com a cara, a coragem e muita esperança. Apresentamos nossos humildes slides. Tentamos defender nossos argumentos mais coerentes. Buscamos mostrar a viabilidade da nossa ideia. Chegamos até a falar sobre investimentos. Para quê? Para sermos avacalhadas na frente de uma turma inteira. Ok, minha companheiras de grupo acharam algumas críticas construtivas e os outros grupos também foram sabatinados. Ufa...Ufa nada! Minha fúria - leia-se paixão - não foi menor por isso!
É claro que os professores estavam cumprindo o papel deles. A gente sabe que o objetivo era instigar nossas mentes criativas e nosso lado empreendedor. Mas, aí está o problema. Nos cobraram, a caminho do último semestre, por estarmos justamente nesse caminho e não sabermos vender um projeto. Agora - e na hora, suando, bufando - eu me pergunto. Quando sete cérebros que tiveram a mesma formação não conseguem atingir o objetivo proposto por um trabalho não haveria algo de errado nesta formação?
Pois eis meu desabafo. Querem que os jornalistas estejam preparados para chefiar, não saiam da faculdade apenas pensando em ser empregados. Querem que sejamos empreendedores, que pensemos em montarmos nossos negócios próprios. E eu me pergunto, onde se concretiza esse desejo durante os 4 anos de curso? Está na hora de deixarmos as decorebas das aulas de rádio - só para citar UM exemplo - para aprendermos a vender o nosso peixe. A suposta cadeira de administração em jornalismo é resumida em teorias da administração, tão indispensáveis quanto uma máquina de escrever nos tempos do Ipad. Já a cadeira de assessoria de imprensa - onde criamos uma empresa - faz parte do currículo do sétimo semestre. Isso sem levar em conta que é apenas um semestre destinado a uma das áreas do jornalismo que mais cresce e onde mais existem oportunidades de estágio. É, parece que a cabeça dos professores está muito a frente da nossa formação acadêmica.
Sei que nenhum curso consegue acompanhar as mudanças do mercado de trabalho, mas precisava dividir meu sofrimento com alguém que não fosse uma das integrantes do grupo. Querer que o aluno vá atrás do seu futuro profissional, que se especialize e procure preparação fora do perímetro da faculdade é normal. O que me deixa louca é a injustiça cometida conosco, reles aspirantes a jornalistas. Todo mundo sempre pergunta para qual jornal pretendo escrever. Ninguém vê o jornalismo como fonte de lucro. E para mudar esse pensamento, essa atitude, precisaríamos ir muito mais além de quatro aulas. 
#prontofalei

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Não é fácil ser um Y

Ontem eu perguntava no Facebook se alguém sabia onde se vende o tal de foco. Passei a sexta-feira assistindo Globo Repórter, acordei às 10h, tomei sol e tive todo tempo do mundo...pra quê? Ah sim, me enrolar. Ontem, domingo, o dia mundial pós-noite, para não dizer outra coisa, serviu pra que mesmo? Ah claro, nem lembro mais. E é justamente essa dificuldade em se fazer apenas uma atividade que marca a minha geração. A tal de geração Y.
Há umas duas semanas um vídeo virou buzz - oh que moderna - na internet. E o conteúdo mostra exatamente isso, as diferentes gerações. Tem os tais de BB, os X e os Y. Não vou me deter a explicações, todo mundo já deve estar interado dessas tais classificações. Até porque a Globo pegou uma carona legal na produção da Box 1824, veiculando a série "Gerações" no Jornal da Globo, na última semana. Mas o que tudo isso tem a ver com o meu problema focal? Tudo. 
Claro, ser dessa tal geração virou até desculpa em determinadas situações. É que nem gente estressada, tá na moda. Mas, as pessoas precisam entender a nossa ansiedade, afinal de contas, somos os filhos das novas tecnologias. O que pode ser positivo e muito. No ambiente de trabalho por exemplo - ponto central das reportagens apresentadas na série - acho que a gente tem muito a acrescentar e os mais velhos, principalmente BB, precisam entender que os tempos mudaram, que a gente não quer mais viver pelo trabalho, que nossa meta não é ficar 4 décadas na mesma empresa, que não gostamos de rotina, que amamos desafios e somos criativos. Mas, como sempre amiguinhos, existe o lado negativo (ahhhh, séeerio??)
Sério. Agora mesmo, antes de me concentrar por 5 minutos para vos escrever essas palavras, me peguei em uma situação maluca. A televisão está ligada, como sempre, e na tela aparece o inovador jornalismo do CQC. No meu colo, o notebook sendo pilotado pela mão direita. Na mão esquerda, o celular que envia fotos da última festa diretamente pro Flickr. Tudo isso sem tirar o olho do MSN e do Twitter. Ufa. 
O que me deixa mais aliviada é saber que a geração que vem depois de mim, a chamada Z, é muito pior. A gente, pelo menos (obrigada mamãe que me fez em 1987), ainda mantém relações ao vivo, senta em uma praça para conversar olho no olho. Tá, eu falar pelo MSN com meu irmão que está no quarto ao lado não conta. Mas, voltando. Eu não sou tão má assim, não quero queimar o filme dos mais novos. Mas, acho que eu ainda tenho cura. Acho não, tenho certeza. Até porque tem uns 6 livros na poltrona que me olham há mais de uma semana e uma monografia precisando ganhar vida. É bem verdade que 4 páginas já estão prontinhas, sendo assim, faltam apenas 46. É acho que até junho eu consigo...No final, a gente é disperso, ansioso, empolgado, mas a gente é gente que faz! 
Nossa...que coisa bem brega. Acho que to precisando dormir...to caindo, mas o notebook me consome. Fotos, festas, amigas, blogs, tweets, vídeos, flyers, e-mail, SMS...salve-se quem puder!Ou melhor, alguém me salva
Ah, já ia esquecendo...

We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nas areias da Parada Gay, o que reina é o preconceito

Depois de um feriado nublado e, ainda assim, maravilhoso na terra das pessoas bronzeadas, posso voltar ao mundo real. E volto justamente para relatar uma das minhas experiência em solo carioca. Não, eu não vou contar sobre nenhum assalto, nenhuma bala perdida, nem vou falar sobre as festas, os corpos sarados - que eu pouco vi embaixo de tanta roupa - o melhor temaki do mundo, o pós-noite na Guanabara e a chiadeira que deixa qualquer um doido, em ambos os sentidos. (hoho) Vamos ao que interessa, ou pelo menos ao que eu acho que interessa. A Parada Gay 2010. 
Bom, aí já cometo o primeiro erro, pois agora é orgulho GLBT. As variantes são muitas, a sigla aumentou. Antes de qualquer papo sério, preciso confessar: fiquei um pouco deprimida. Estava chovendo, eu sei, chuva e Rio de Janeiro não é um combinação muito agradável, ainda mais sendo aquela garoa fininha, fria e que molha demais. Mas, por favor, não foi a chuva que me deixou com vontade de chorar em plena festa dos coloridos. Foi um problema muito maior: a feiura do ser humano.  Excluo aqui todas as drags lindas e chiquérrimas que se puxaram na produção. Pronto, agora já tem um monte de gay indignado por aí me acusando de preconceituosa. Aí que está. Por um acaso da vida, era a festa do orgulho homossexual, mas poderia ser qualquer outra junção de pessoas. Sério mesmo, se havia alguma possibilidade dessa pessoa que vos escreve passar o carnaval em Copacabana, essa foi totalmente eliminada no último sábado. Deu vontade de chorar, juro. Ah, até perdi o foco do meu post. Eu queria mesmo era defender o direito do livre arbítrio, da individualidade e de todas as questões que envolvem a opção sexual de cada um. Peço desculpas, foi mais forte do que eu.
Ok, não vou me deixar abalar por tanto cabelo feio e tanta boca desdentada. Eu queria mesmo era entender as pessoas que se dizem livres de preconceitos sabe. Aquelas que vão a eventos como esse, acham graça das fantasias, batem palma, riem, defendem que cada um cuide de si, afinal de contas eles não fazem mal a ninguém não é mesmo (????), maaaaaaasss, e sempre tem um porém, não aceitam que essas mesmas pessoas andem com seus parceiros, namorados, companheiros, de mãos dadas. Vejam bem, eu disse MÃOS DADAS. Não vou ficar argumentando, até porque entendo em partes, tem toda aquela história da falta de costume, de ser algo que foge ao "natural". A pessoa pode morar em uma cidade onde todos casam virgens e nem heteros se beijam na boca, vai saber né, mas minha gente, estamos em 2010. E sentir-se agredido com a felicidade alheia é demais. 
Evidente, existem aqueles que extrapolam, como sempre. Como tinha também  aqueles quase pelados na passeata de sábado. Porém, pessoas sem noção existem em tudo que é forma de DNA. Pode ser homem, negro, branco, mulher, velho ou jovem, se agarrar na rua é horrível sempre. 
Voltando a um dos meus focos, conheci, durante o pouco tempo que com minha sombrinha estive no calçadão, a Igreja Cristã Contemporânea e achei a ideia primorosa. Já que a casa do tio Bento não os aceita, que sejam criadas novas sedes para o encontro com a espiritualidade, onde a sexualidade não influencie na  reza. Afinal de contas, gay é ser humano. E é isso que as pessoas esquecem. 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Menino do Rio...

Porque arrumar as malas é chato demais, mas tem uma recompensa maravilhosa: viajar! E amanhã estou chegando na cidade maravilhosa.
Lá estarei feliz em meio às areias da zona sul, ao protetor solar, às havaianas, o calçadão, os globais, à turistada, aos biquínis, às festas, aos temakis da Koni, às Devassas (tá, essas eu passo, prefiro a comida do Devassa), ao Mate Gelado, aos biscoitos Globo e, é claro, aos meninos do Rio...



Ah, se os cariocas merecem homenagem na televisão e tudo, porque OS cariocas ficariam de fora?
Ignorem o início, o que importa é o figurino da Baby, na época em que ela ainda era Consuelo.
Até a volta assíduos leitores! 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Saia da gaiola e tenha momentos fascinantes

As pessoas estão ficando loucas, o mundo esta de girando invertido, não sei. Sei que, a cada dia, passo por mais situações bizarras, encontro gente mais insana no meu caminho. É incrível, hilário e até emocionante! Realizem...
Uma mulher entra no ônibus com óculos de sol por cima dos óculos de grau - eu disse POR CIMA - e acha bemmmmm normal. Enquanto isso, o pessoal insiste em dar uma de equilibrista, não se segurando nas barras - nas milhões de barras ergonomicamente projetadas para isso - atropelando os outros passageiros. E com cara de tacho e sorriso à la Gabriela Duarte ainda tenho que dizer "não foi nada". Nesses mesmos 10 minutos que separam a minha casa do meu trabalho - reparem quanta emoção para o início de uma jornada além do meu quarto - duas mulheres, quase senhoras, estão aflitas por não saberem onde fica o Mercado Público de Porto Alegre e repetem o destino incessantemente, ignorando a ajuda educada do cobrador, que indica "é no final da linha minha senhora, não tem erro". Ao chegarem no centro, não satisfeitas, resolvem perguntar sobre um suposto shopping que haveria por perto e, mesmo com a resposta do paciente cobrador, "esse shopping não é aqui não minha senhora", resolvem insistir na ideia. Sim, porque as pessoas levam super em consideração o esforço e a ajuda alheia. E os meus infortúnios encontros não param por aí. 
Teve gente que pisou com toda a força que o corpinho - que não era pequeno - permite no meu pé e sequer olhou para o lado. F$@-S# o pé do outro, não é mesmo?  E o que dizer então das milhares de panças que passaram a milímetros da minha bochecha enquanto estive em alguma linha da STS em busca do consultório médico? E olha, não era pouca pança! Isso é só o começo da saga de quem se vira por aí sem carro.
Ainda tem aqueles que entram no coletivo (que pobreza) e não são capazes de avançar dois passos, liberando a roleta para os outros 10 pobres coitados que respiram em conjunto na cara do motorista. E a bolsinha madilta que não pode ser colocada junto ao corpo? Imagina, tem mesmo é que fechar ainda mais o caminho de quem passa no vasto corredor do ônibus, que só perde em amontoamento para o corredor do Ocidente, nos sábados de festejos! E a felicidade continua além das rodas da Carris.
É mendigo que tenta sensibilizar as pessoas, deixando os joelhos à mostra e os esfregando, em frente ao HPS, quando estes estão perfeitos! E pior, a tática funcionou. Como se não bastasse toda essa gente esquisita que resolveu me cercar ultimamente ainda me deparo com quatro franceses disfarçados de argentinos e em plena avenida Venâncio Aires! 
É crianças, se fosse fácil, não seria tão bom. Além de administrar minha própria loucura, ainda tenho que cuidar com a piração alheia. Sim, porque se eu não estivesse atenta, até cuspida na cara teria tomado. Tudo isso em poucas horas. Sem contar as semanas que passaram.
A vida fora das nossas gaiolas é realmente fascinante. Tem muita gente precisando de tratamento psicológico por aí. Como sempre digo, se todos se tratassem, o mundo seria bem melhor. É tanta gente sem noção que estou até pensando em fabricar o tal Simancol. Pensando bem, será que eu mesma não preciso de uma fórmula dessas? Putz...ah, pelo menos eu vou na terapia...e escrevo no blog e tento ser legal...ah e penso nos outros! 

sábado, 6 de novembro de 2010

E olha que a gente nem quer muita coisa!

Já vi uma dezena de teasers, propagandas, trailers, como queiram chamar, a respeito da nova série ou mini, enfim, da Globo, "Afinal, o que querem as mulheres?". Nos acusam de tudo. ( Sim, este é um post revoltado) Dizem que somos muito exigentes, que queremos tudo. Nos chamam de consumistas, afobadas, indecisas, insatisfeitas, gananciosas, interesseiras...é daí para baixo! Coitadas de nós!
Pois agora tenho que defender a minha espécie. Podemos ser complicadas, às vezes, ou sempre. Entendo que não deve ser fácil conviver com mais de duas por muito tempo. Sim, nós falamos demais. Falamos, falamos, falamos sem parar. ( até que esses dias tive que engolir uma do meu irmão, que comentou a respeito do zumbido dos mosquitos...depois que eu resolvi dizer que são as mosquitas fêmeas que ficam no nosso ouvido, tive que escutar, "sim né, só podia ser mulher, não saem do nosso ouvido"). Onde eu estava mesmo? Ah claro, nós, mulheres, mudamos de assunto muito rápido...e de humor então? É, pensando bem, somos REALMENTE complicadas. Mas, no fundo, fazemos tudo pensando nos outros. Fazemos tudo com o coração! A maioria né gente, estou falando das mulheres que eu conheço, que eu convivo, que eu amo. Mulheres capazes, lindas, trabalhadoras, inteligentes. (uhul)
E será que os nossos sonhos, nossos desejos, são tão impossíveis que mereçam até um especial depois da novela??? Estou curiosa, vamos ver.
Mas, antes de qualquer capítulo, qualquer roteiro, eu já tenho a resposta. E tenho certeza que todas compartilham comigo. E dalhe 1, dalhe 2, dalhe 3. Tchãrã. Afinal, o que nós queremos? Está mais evidente que a barriga da Mariah Carey!!!! Queremos apenas ENTENDER os homens. Pessoas, isso é tão simples. Explico.
Estamos cansadas de relativizar sobre as atitudes alheias - masculinas, diga-se de passagem - a cada festa. Não queremos mais brincar de adivinhação! A gente não quer casar depois do primeiro beijo, mas também gostamos de saber se a pessoa está viva depois do trago da noite anterior. Ler pensamentos, infelizmente, ainda não é possível amiguinhos. Por isso, falem! Aprendam com a gente a velha arte da conversa. 
Falo tudo isso como representante do gênero, pois, a cada dia, estou mais convicta que vocês são todos iguais. Vejam bem, eu disse apenas IGUAIS. Não estou falando em caráter, se são ruins ou péssimos. Iguais por nos deixarem sem saber para onde ir, o que fazer! Estamos perdidinhas. 
A cada dia, uma história nova, uma amiga com os mesmos dilemas. Sempre sobra pra gente, nos acusam de apaixonadas, grudentas. Isso é intriga pura. Não estamos cobrando satisfações depois de uma ficada casual, mas também não pedimos para vocês dizerem palavras lindas, meigas, queridas, durante a madrugada. - Aí também é sacanagem, a gente acredita poxa - Aliás, isso vocês têm de admitir, mulher só fala quando é pra valer. Enfim, acho que deu para captar a mensagem. 
Escrevi nesse tom de indignação em plena noite de sábado para dizer que esse foi o início de uma campanha que pede a ajuda dos homens para que a gente resolva nosso maior e, provavelmente, único dilema: entendê-los. 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Feliz mesmo é a Fernanda Lima

Esses tempos brinquei de ser modelo para a Omni Ope. A marca é de duas amigas, o casting é formado por clientes e conhecidas, tudo na maior descontração. Mas, essa brincadeira me fez pensar sobre o assunto. Não, eu não estou largando a carreira jornalística para virar a nova Gisele, até porque, convenhamos...faltam centímetros e sobram quilos! 
O que pensei foi no sonho feminino mais universal que existe no mundo inteiro dos seres humanos: ser modelo. Tá, talvez esse desejo não seja tão restrito, falo em ser modelo, atriz...essas profissões tão, tão...elevadoras de auto-estima! Sim, porque foi exatamente a essa conclusão que cheguei. 
Eu sei, todo mundo sabe, a vida de uma modelo não é só glamour, muito pelo contrário. Comer alface a semana inteira não tem nada de glamouroso. Nadica. Mas, diz aí, qual mulher não adora maquiagem, roupas novas, fotos, cabeleireiros e toda essa parafernália que vem acompanhada de amigos gays e muita festa?  Pois então! Imaginem brincar disso todos os dias e ainda por cima receber e muito bem, diga-se de passagem, no final do mês. 
No caso das atrizes, por exemplo, é um trabalho puxado - imagino eu - e intenso. É preciso concentração, desprendimento, talento e um monte de atributos. De qualquer maneira, pode-se ser a cada dia, ou a cada ano, uma mulher diferente. É possível ter mil personalidades sem dever nada a ninguém, nem ser chamada de louca. Que negócio mais espetacular! Poder mostrar seu lado mais macabro ou quem sabe mais sedutor...Mon dieu, quanta felicidade! Sem falar nos cabelos, cada vez pintados de uma cor, arrumados de um jeito! Bom, tem gente que nem dá bola para isso, vive estagnado, com a cabeleira no século passado. Sinceramente, não entendo. Ok, sei que o meu já é um caso a parte. Talvez ficar mais de 6 meses com o mesmo visual seja legal também. Vai saber...vai saber!
Sei que nenhuma vida é tão fácil como parece, tudo tem seu preço. Ok, ignoremos minha total falta de criatividade nessa última frase... Acho que eu seria uma boa atriz. Ah pelo menos eu me dava bem nos teatrinhos caseiros....sei la...minha mãe adorava..e...bem a Julia Roberts se formou em jornalismo e apenas com 22 anos virou uma linda mulher...se bem que a Julinha de Hollywood não é lá grandes coisas em termos de atuação...ah mas pelo menos ela pegou o Javier Bardem no último filme...e nunca se sabe...
Enfim, se nada der certo pelo menos terei um faculdade na manga em breve e um dia a tia Fátima ficará passadinha né!
Ah não, o tiozinho resolveu derrubar o diploma! É...feliz mesmo é a Fernanda Lima: modelo, apresentadora e atriz (há controvérsias, eu sei...)...sem contar a quarta e melhor profissão, esposa do Hilbert.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os dois anos que estremeceram o Elysée

Não entendo de economia. Mas como todo jornalista - sim, agora já me considero da "classe" - gosto de dar pitacos. E nada melhor que dar pitaco sobre a grama do vizinho, mesmo que ele esteja bem longe.
Todo mundo deve estar mais ou menos por dentro do caos que se estabeleceu na França, no último mês. Tudo isso, argumentam os bicudinhos, é culpa do Sarko. A proposta do marido da Carla meu passado me condena Bruni em elevar de 60 anos para 62 anos a idade mínima para aposentadoria e de 65 anos para 67 anos a idade para a aposentadoria integral foi votada recentemente. 
Com a medida, o governo francês pretende corrigir o grave desequilíbrio fiscal que os gastos previdenciários estão causando, vulgo rombo no orçamento. Já que, há anos, o país se endivida para pagar os benefícios de 10% dos 15 milhões de pensionistas franceses. Para termos uma ideia, o déficit público no país do croissant vai chegar perto de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano! Tá, eu interpretei 8% como um grande índice...
Números e mais números. Confesso que me dão um pouco de vertigem, mas são eles que regem as contas de uma nação e, por conseguinte, o futuro dessa mesma. E é por isso que eu não contesto o tio Sarko. Ele pode ser xenófobo, arrogante, antipático, egocêntrico, bling-bling e até feio (pobre homem). Mas ele não tinha saída e digo mais, ele foi corajoso! É, porque eu teria medo e não faria uma coisa dessas no país dos protestantes - não os daquela igreja lá né - de jeito nenhum. O que muita gente esquece é que essas já foram as idades para entrar com pedido de "retraite" naquele país. Mas aí veio um tal de Mitterrand, muy popular e amiguinho do povo, e resolveu mudar as coisas. Um dia a bolha ia estourar (oh, glossário de economista) e, coincidentemente, foi nas mãos do tio de 6 cérebros - diz a Carlinha né.
Acho bonita a luta francesa. Tenho até uma certa inveja de um povo com genes revolucionários, que sai às ruas para defender seus interesses. Eu, que fui criada em meio a uma nação apática e conformada. Mas, também não posso defender a violência dos últimos acontecimentos. Até porque essas manifestações, em sua maioria, estão longe de serem direcionadas às reformas previdenciárias. Qualquer um sabe que metade daquele povo se uniu pela confusão, pela depredação infundada. Além disso, os franceses não querem trabalhar. Desculpa se ofendi alguém, mas essa é a verdade. Li em algum lugar essa frase e ela é muito correta. 
Na França, trabalha-se 35 horas por semana, ou seja, a menor carga horária da europa. Tudo bem, foram eles que inventaram os direitos trabalhistas, isso tudo é lindo. Mas quem trabalha mesmo é brasileiro gente! Para eles, a vida pessoal vem em primeiro lugar. Tem quer ir ao médico, levar o filho ao dentista? O trabalho pode esperar. Não estou julgando, acusando ninguém de vagabundagem. Mais uma vez, a questão cultural entra em campo. De qualquer forma, essa pode ser uma das justificativas para tanto grito por causa de 2, DOIS, anos. Se bem que por lá até a tal da burca fez alguns monumentos acordarem mais cedo...isso que menos de 2 mil mulheres usam a veste mulçumana...bom, mas aí já é discussão para a uma monografia inteira, tipo a minha assim. 
Voltando aos números, às vezes penso que tem gente ganhando dinheiro pra bater tambor na Champs de Mars, só pode! Porque a França não é o único país abatido pelos gastos crescentes com a previdência da sua população. O Japão, por exemplo, acaba de elevar de 60 para 65 anos a idade mínima para aposentadoria a partir de 2013 - 5 anos hein. O novo governo conservador inglês, por sua vez, planeja elevar a idade mínima para aposentadoria masculina de 65 para 66 anos a partir de 2016, e a das mulheres, de 60 para 65 anos gradualmente até 2020; já na Alemanha, vai de 63 para 67 anos; e na Espanha, de 65 para 67 anos. Enfim, o mundo envelhece, os velhinhos estão cada vez mais enxutinhos e alguma precaução precisa ser tomada. 
O que a gente sabe é que as tais greves custaram cerca de 400 milhões de euros por dia aos cofres franceses. Se tem alguém 100% certo? Dificilmente. Mas, pelo menos a população se esforça para mudar o cenário. Enquanto a taxa de fecundidade brasileira vem diminuindo, sim gente, o povo está aprendendo a brincar protegido, aos redores da Torre Eiffel a filharada só aumenta. Agora é aguardar para ver o que acontece por aqui...se nada der certo eu volto a ser babá por lá. É um negócio e tanto! 



terça-feira, 2 de novembro de 2010

A alegria do pecado...

Duas características insuportáveis que alguém pode ter nessa vida é acordar feliz e não sentir prazer em comer. E, infelizmente, minha mãe tem as duas. Levanta sorridente porque, segundo ela, temos que começar o dia bem e agradecer por estarmos vivos, porque a vida é bela e todo aquele papinho furado que não serve para nada quando se tem raiva do despertador. Não gosta de comer porque não gosta, vai entender! Come por obrigação, porque precisamos do arroz para sobreviver. E ela sabe que as duas coisas me irritam - eu que sou muiiiiiito calma, claro - mas nem por isso meu amor é menor por ela. Chega de declarações, ela sabe que eu amo ela, ela me ama e sim, é tudo muito lindo. Mas vamos ao que interessa, vamos falar de comida.
COMIDA! Coisa bem boa que inventaram, né? Deve ter sido uma mulher, enquanto esperava seu macho caçar...sem nada para fazer na caverna. Essa aí deve ter feito a primeira a carne de panela! Depois vieram os chineses e inventaram de misturar neve à pasta de arroz, fazendo o protótipo do sorvete. Em seguida, os italianos roubaram a ideia e, além da sobremesa, pensaram que seria interessante criar o prato principal, ou melhor, os pratos...então começamos a comer massas e pizzas..e assim a gente foi. Depois vieram aquelas porcarias todas que a gente adora: batatinhas do Mc Donalds, cebolas à milanesa da Petiskeira, panquecas do Alemão...sem esquecer os milhares de petits gateaux que nos lambuzam por aí, todos brasileiros, brasileiríssimos. Sim, porque na França nunca existiram!
Enfim, eu poderia ficar horas e horas escrevendo sobre um dos maiores prazeres dessa vida - e não me venham com piadinhas infames - comer é muito bom sim. Não à toa, a gula é um pecado. E eu sou uma pecadora. Confessa! Não que eu devore uma caixa de bombons, aliás, acho que nunca fiz isso. De verdade. Mas sinto água na boca e tenho certeza que meus olhos brilham quando como. Por isso, não adianta, mesmo que eu não goste comer porcarias e ame sim uma bela salada, nunca sobreviveria a um regime, não por muito tempo. Não sei vocês, mas eu e a Claudia Raia fazemos exercícios para poder comer. Simplesmente. 
Agora, melhor que comer, só comer doces. Melhor ainda só cho-co-la-te. Os efeitos que essa maravilha nos provoca já estão mais que comprovados! E é por isso que eu como chocolate com alegria. E foi justamente essa delícia que me inspirou a escrever.
Almoço pensando na sobremesa. Vou a festas sonhando com os docinhos. Sei muito bem que o açúcar branco faz mal, conheço todo o blábláblá. Quer saber? Que faça! Ok, admito, estou numa fase controladíssima. Sobremesa apenas nos finais de semana, essas chatices todas. Fazer o que se nasci mulher. Mas, já decretei, o negócio é não se castigar e aproveitar as dádivas gastronômicas da vida.
Para você que come apenas por obrigação, fica uma dica. Seja como a minha mãe e sinta, ao menos, prazer em cozinhar. Tá, nem tanto. Ou você pode provocar um engorde familiar perigoso! Aliás, é ela a responsável pelos bons quilos adquiridos depois da minha volta para terras brasileiras, mas isso já é assunto para outro dia...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ainda bem que são secretos

Se os sonhos revelam os nossos desejos mais profundos, eu já quis cometer muitos delitos, comer até explodir, dar um beijo proibido, aliás, vários. Já tive vontade de espancar alguém até sangrar - eu sei, essa é forte, esqueci de dizer que o blog é para maiores - de fugir de casa, cometer uma loucura de amor, ser loira, colocar silicone e até raspar a cabeça.
Se os sonhos refletem nossas maiores vontades, eu já quis pegar todo o elenco global e hollywoodiano (tá, esse é meio sem graça...eu e a torcida do Flamengo sonhamos isso), já tive vontade de largar tudo e ser hippie, quis ganhar dinheiro fácil e sem esforço, quer dizer, em partes...se é que vocês entendem. Eu já fui a pior das espécies.
Se eu me envergonho? Sinto remorso? Não. Talvez um pouco de medo, não é fácil descobrir que não somos perfeitos, que não estamos sempre felizes, sorridentes e com vontade de bancar a miss simpatia. E ainda bem que somos assim!
Tirando a Little Miss Sunshine, ninguém pode viver em constante felicidade e empolgação. Todos temos um lado ruim. Desejos insanos, impossíveis. Veja bem, não estou dizendo pro povo sair por aí extravasando o pior da sua personalidade. Viver em sociedade é isso, tel a tal da moral, a tal da ética e ainda por cima os bons costumes...um monte de regras e gente para nos vigiar....
É, ainda bem que existem os sonhos...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O suspiro

Revirou os olhos e a mão se abriu.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Até a próxima parada

Os cabelinhos curtos, mechados e brilhosos ficaram de pé e a mochila pesou. Por sorte, ainda existem cavalheiros, cavalheiros de camisa xadrez e boné.
- "Quer que eu segure?"
Uma simples frase, que provoca um sorriso e um triângulo amoroso no D43.
O bigode infame ao lado do boné gentil, daqueles que só o Cauã fica bem e em novela das 21h, dá início à troca de olhares. Ele olha para as partes menos decentes daquele sorriso, pois são aquelas que enxerga sem fazer esforço. Os cabelos contrangidos olham para cima, para baixo, para a janela, para o lado. E o boné? Esse é gentil e todo gentil não sabe para onde olhar. Ele não entende o sorriso malicioso que escapa ao canto dos lábios do bigodinho e não quer contranger ainda mais aquela que já está em pé.
O triângulo continua, o sorriso que tomava conta de um canto, agora invade o corpo do malandro, sim porque até os braços dele riem. A blusa rosa já não sabe mais onde colocar as mãos, o que fazer com a boca. Enquanto isso, a camisa xadrez balança ao som de alguma música do Green Day.
Alguém resolve seguir seu rumo, ela pode finalmente sentar. Não antes sem dizer tudo através do olhar para aquele que a ajudou com a mochila.
Mas, não era assim que estava planejado...agora ela não conseguia dividir o silêncio com mais ninguém. Sem problemas, as mulheres são espertas. Ela troca de banco. Agora sim! Está na diagonal daquele que a fez sorrir e já não pode ser vista por aquele que a fez ficar com a cara mais amarrada.
E os cabelos começam a ser analisados - o velho truque da ponta dupla - tocados...e então...chego ao meu destino. Destino sempre igual, ali onde outros gentis cavalheiros aguardam sua mocinhas indefesas. A cada degrau acredito um pouco mais no amor, aquele à primeira vista, aquele pelo qual não temos como lutar. Ninguém me espera. Sigo indefesa mesmo assim.
E tento andar até meu prédio pensando que sim, tudo é possível, pode acontecer na próxima esquina. O vento cortante da primavera dá um clima de clipe musical e, toda inspirada com o meu IPod, passo por 2 exemplares da espécie masculina. E então, toda cheia de mim e de amor pra dar, TROPEÇO. Quebro o silêncio da maneira mais Júlia de ser...o sapato cai do pé e eu dou risada da própria desgraça...
Porque eu não nasci para esse mundo de romantismo, definitivamente.

"Eu voltei e agora é pra ficar...

O Twitter estava ficando pequeno. Descobri que a minha ansiedade em falar pode ser resolvida através da escrita, o que na verdade eu sempre amei. Sempre, desde que aprendi a juntar as letras e criei histórias mirabolantes que valeram muito "MBs" no boletim do ensino fundamental.
O petite passou um tempo abandonado, principalmente durante o período em que estive em solo parisiense, naqueles meses de 2008 e 2009. Paradoxal? Jamais. A cidade luz deixa qualquer um sem palavras. Engasgado.
Relendo alguns posts, descobri que este humilde blog ganhou uma sobrevida durante algum tempo, mas as aflições de uma readaptanda da província do sul foram mais fortes.
Agora, depois de 1 ano e alguns dias, alguns meses de terapia e uma formatura com data marcada, resolvi voltar.
Voltei e aqui meus pensamentos devem permanecer por um bom tempo. Resolvi falar, me abrir para além da poltrona que me conforta durante 50 minutos às segundas.
Quem sabe se alguém vai ler...quem sabe. O importante é aproveitar as maravilhas da tecnologia. Agora vou reler os posts antigos, porque tem uns textos tão legais que nem eu acredito.
É... bem que alguma vez alguém me disse: Júlia, acredita no teu potencial. Resolvi acreditar nesse conselho.
Em breve uma crônica de 10 minutos emocionantes vivenciados no ônibus...
...Porque aqui é o meu lugar" (ok, podem chorar agora)