Não entendo de economia. Mas como todo jornalista - sim, agora já me considero da "classe" - gosto de dar pitacos. E nada melhor que dar pitaco sobre a grama do vizinho, mesmo que ele esteja bem longe.
Todo mundo deve estar mais ou menos por dentro do caos que se estabeleceu na França, no último mês. Tudo isso, argumentam os bicudinhos, é culpa do Sarko. A proposta do marido da Carla meu passado me condena Bruni em elevar de 60 anos para 62 anos a idade mínima para aposentadoria e de 65 anos para 67 anos a idade para a aposentadoria integral foi votada recentemente.
Com a medida, o governo francês pretende corrigir o grave desequilíbrio fiscal que os gastos previdenciários estão causando, vulgo rombo no orçamento. Já que, há anos, o país se endivida para pagar os benefícios de 10% dos 15 milhões de pensionistas franceses. Para termos uma ideia, o déficit público no país do croissant vai chegar perto de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano! Tá, eu interpretei 8% como um grande índice...
Números e mais números. Confesso que me dão um pouco de vertigem, mas são eles que regem as contas de uma nação e, por conseguinte, o futuro dessa mesma. E é por isso que eu não contesto o tio Sarko. Ele pode ser xenófobo, arrogante, antipático, egocêntrico, bling-bling e até feio (pobre homem). Mas ele não tinha saída e digo mais, ele foi corajoso! É, porque eu teria medo e não faria uma coisa dessas no país dos protestantes - não os daquela igreja lá né - de jeito nenhum. O que muita gente esquece é que essas já foram as idades para entrar com pedido de "retraite" naquele país. Mas aí veio um tal de Mitterrand, muy popular e amiguinho do povo, e resolveu mudar as coisas. Um dia a bolha ia estourar (oh, glossário de economista) e, coincidentemente, foi nas mãos do tio de 6 cérebros - diz a Carlinha né.
Acho bonita a luta francesa. Tenho até uma certa inveja de um povo com genes revolucionários, que sai às ruas para defender seus interesses. Eu, que fui criada em meio a uma nação apática e conformada. Mas, também não posso defender a violência dos últimos acontecimentos. Até porque essas manifestações, em sua maioria, estão longe de serem direcionadas às reformas previdenciárias. Qualquer um sabe que metade daquele povo se uniu pela confusão, pela depredação infundada. Além disso, os franceses não querem trabalhar. Desculpa se ofendi alguém, mas essa é a verdade. Li em algum lugar essa frase e ela é muito correta.
Números e mais números. Confesso que me dão um pouco de vertigem, mas são eles que regem as contas de uma nação e, por conseguinte, o futuro dessa mesma. E é por isso que eu não contesto o tio Sarko. Ele pode ser xenófobo, arrogante, antipático, egocêntrico, bling-bling e até feio (pobre homem). Mas ele não tinha saída e digo mais, ele foi corajoso! É, porque eu teria medo e não faria uma coisa dessas no país dos protestantes - não os daquela igreja lá né - de jeito nenhum. O que muita gente esquece é que essas já foram as idades para entrar com pedido de "retraite" naquele país. Mas aí veio um tal de Mitterrand, muy popular e amiguinho do povo, e resolveu mudar as coisas. Um dia a bolha ia estourar (oh, glossário de economista) e, coincidentemente, foi nas mãos do tio de 6 cérebros - diz a Carlinha né.
Acho bonita a luta francesa. Tenho até uma certa inveja de um povo com genes revolucionários, que sai às ruas para defender seus interesses. Eu, que fui criada em meio a uma nação apática e conformada. Mas, também não posso defender a violência dos últimos acontecimentos. Até porque essas manifestações, em sua maioria, estão longe de serem direcionadas às reformas previdenciárias. Qualquer um sabe que metade daquele povo se uniu pela confusão, pela depredação infundada. Além disso, os franceses não querem trabalhar. Desculpa se ofendi alguém, mas essa é a verdade. Li em algum lugar essa frase e ela é muito correta.
Na França, trabalha-se 35 horas por semana, ou seja, a menor carga horária da europa. Tudo bem, foram eles que inventaram os direitos trabalhistas, isso tudo é lindo. Mas quem trabalha mesmo é brasileiro gente! Para eles, a vida pessoal vem em primeiro lugar. Tem quer ir ao médico, levar o filho ao dentista? O trabalho pode esperar. Não estou julgando, acusando ninguém de vagabundagem. Mais uma vez, a questão cultural entra em campo. De qualquer forma, essa pode ser uma das justificativas para tanto grito por causa de 2, DOIS, anos. Se bem que por lá até a tal da burca fez alguns monumentos acordarem mais cedo...isso que menos de 2 mil mulheres usam a veste mulçumana...bom, mas aí já é discussão para a uma monografia inteira, tipo a minha assim.
Voltando aos números, às vezes penso que tem gente ganhando dinheiro pra bater tambor na Champs de Mars, só pode! Porque a França não é o único país abatido pelos gastos crescentes com a previdência da sua população. O Japão, por exemplo, acaba de elevar de 60 para 65 anos a idade mínima para aposentadoria a partir de 2013 - 5 anos hein. O novo governo conservador inglês, por sua vez, planeja elevar a idade mínima para aposentadoria masculina de 65 para 66 anos a partir de 2016, e a das mulheres, de 60 para 65 anos gradualmente até 2020; já na Alemanha, vai de 63 para 67 anos; e na Espanha, de 65 para 67 anos. Enfim, o mundo envelhece, os velhinhos estão cada vez mais enxutinhos e alguma precaução precisa ser tomada.
O que a gente sabe é que as tais greves custaram cerca de 400 milhões de euros por dia aos cofres franceses. Se tem alguém 100% certo? Dificilmente. Mas, pelo menos a população se esforça para mudar o cenário. Enquanto a taxa de fecundidade brasileira vem diminuindo, sim gente, o povo está aprendendo a brincar protegido, aos redores da Torre Eiffel a filharada só aumenta. Agora é aguardar para ver o que acontece por aqui...se nada der certo eu volto a ser babá por lá. É um negócio e tanto!
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