Todos sabem, sou uma defensora do cinema solitário. Ou melhor, da ida ao cinema de forma solitária. Com uma ressalva: certas companhias são aceitas, desde que haja um acordo mútuo entre as partes, incluindo a cláusula proibitiva de achar uma moral da história, no final. E ontem não foi diferente. Cheguei no shopping às 18h e a próxima sessão era às 19h. Após passear pelas gôndulas do Zaffari e comer um lanchinho básico no Mc, resolvi entrar na sala. Faltava 15min pras 19h, mas eu não tinha nenhum outro recurso de distração. Segui em frente. Sala 4 do Arteplex, inúmeras poltronas vazias, uma tela preta, eco, muito eco - caso seja possível quantificá-lo - e eu. Escolhi o lugar mais central que havia, sentei-me. Sensação estranha, reverberações, efeitos sonoros das outras salas e eu, sozinha...ou não. Não parecia estar sozinha. Macabro não? É...pela primeira vez começara a sentir pena de mim mesma por estar sozinha no cinema. A minha sorte é que brasileiro é atrasado, mas não desiste nunca e mesmo com toda a chuvarada que caía dos céus, alguma meia dúzia de gatos literalmente pingados criaram coragem e me fizeram "companhia". E tenho um palpite, o número de adeptos ao cinema solitário vem aumentando!
Eu sei, essa prática não é de um todo positiva, estou ficando um pouco chata com essa história. Um certo pânico de convites para ir ao cinema toma conta de mim. Pessoas solitárias ficam neuróticas, por isso estou tentando me cuidar. Não quero passar de uma bem-resolvida que vai ao cinema feliz e sozinha para uma louca, neurótica que não aceita companhias...
Mudando de foco, qual foi o filme desta vez? Linha de Passe. Aquele mesmo, aclamado em Cannes, do internacional Walter Salles. Algum comentário? Nenhum, a crítica diz tudo: "Atuações tão precisas que dão um aperto no coração", Thomas Sotinel, do Le Monde.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
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Um comentário:
eh de familia... fica tranquila... somos normais( dependendo do ponto de vista) bjo fica beeem cuca te amo!
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