domingo, 11 de maio de 2008

Abaixo da cintura ela não detecta.

Apresento-lhes a invenção mais imbecil do mundo: porta eletrônica de banco!Sim, aquelas máquinas giratórias servem para nada, ou melhor, servem apenas para estressar a pessoa.
Não falo baseada em dados concretos, em pesquisas realizadas por centros que medem o estresse nosso de cada dia, falo por experiência própria. Não sei se os assaltos a bancos diminuiram significativamente com a colocação destas giringonças, pode até ser que sim. Mas, pelo o que sei, as portas feitas para barrar objetos de metal jamais impediram, de fato, o ato de ladrãos.
Não existe coisa mais estressante que tentar entrar e sentir a porta trancada. É muito irritante, dá vontade de quebrar tudo!Para os homens nem é muito trabalhoso tirar uma chave e um celular do bolso. Agora para as mulheres...ainda mais que a bolsas gigantes são a última moda!A gente soca tanto badulaque dentro de uma bolsa-mala que fica inviável tentar lembrar de tudo o que é de metal, isso quando a própria não tem uma fivela ou um detalhe metalizado.
O povo entra, tranca, volta, sai, tira guarda-chuva, chave, chaveirinho, chaveirão. É celular, grampo, isso, aquilo e mais um pouco. Quando nos damos conta estamos praticamente em uma revista íntima de um presídio.
As máquinas são burras e programadas. Não carregam consigo uma bagagem cultural, não têm capacidade de discernimento e não entendem nada sobre preconceito. É bem verdade que, para se estabelecer a ordem precisamos de regras, normas. Fica difícil estabelecer-se organização em uma sociedade através de privilégios. Entretanto, creio eu, devemos aplicar regras eficazes. O paradoxo na nossa sociedade atual, pelo menos na brasileira, é justamente a inversão da aplicação dessas normas.
Cidadãos de bem - ao menos no que se refere ao assunto violência - pessoas comuns que pagam seus impostos e trabalham suado para sobreviver. Sim, estou falando de classe média, povo rico não vai a banco. Povo chique é outra coisa!Essas pessoas são submetidas a verdadeiras humilhações cotidianas. Somos obrigados a deixar toda a vida em uma caixinha de acrílico para adentrar em um banco e poder pagar as contas. Nos escondemos atrás das grades como verdadeiros marginais. Vivemos acuados e com medo do perigo.
Mudei o rumo do post, pois ficarmos trancados, impedidos de entrar em um banco, vai muito além do estresse, é o rebaixamento do ser humano. Só escrevendo sobre isso comecei a me dar conta. Não falo nada de novo, há muito tempo se discute esta inversão, o fato da sociedade viver numa prisão. Este assunto é muito mais complexo que um simples post, sinceramente, não vejo soluções, pelo menos a curto e médio prazo.
Só não entendo por que ainda somos obrigados a girar loucamente em uma espécie de cápsula seletiva, se os bandidos fazem o que querem e quando querem!Parece que o treco não tem a capacidade de captar metais quando esses estão abaixo da nossa cintura. Não estou dando uma dica para os ladrões, eles estão careca de saber e colocar as armas nas pernas. Até a minha mãe utiliza a técnica de abaixar a bolsa para não se estressar!

4 comentários:

Larissa disse...

Oi Ju!

Sempre que leio aqui tem coisas com as quais eu concordo e penso faz tempo. Essa do banco é uma delas. Mas desenvolvi uma técnica, falo com o segurança, abro a bolsa pra ele ver que não tem arma, faca ou objetos cortantes e ele desliga a porcaria do detector pra eu poder passar. Pq senão ia ter que tirar até os piercings pra pagar uma continha né? hehehe bjão

Julia disse...

Boa, não tinha lembrado que, além de todas as bugigangas, ainda temos piercings!hahahahahah
Oh, mais uma técnica pra lista!
Beijos Lari e tks pela "audiência" hehe

Anônimo disse...

vou começar a ter mais cuidado com a tia angela malandrona.....

Anônimo disse...

Cápsula seletiva! Exatamente! heheeh

Em tempo, será que no Itaú Personnalité, Real Van Gogh, ou nesses bancos com nomes chiques para pessoas chiques têm cápsulas seletivas? Acho que não! hehe

Beijo vizinha.

Thiago.