quinta-feira, 24 de abril de 2008

Entre Baryta, Coristinas D e sucos de laranja

Hoje acordei pestiada. Passei o dia de ontem com dor de garganta e a temperatura do corpo desregulada. Hoje acordei gripada - dor nas costas, nariz ranhento e dor de garganta. Uma vez li que dor de garganta não é sintoma de gripe e sim de resfriado. Grandes coisas. Resfriado e gripe para mim c'est la même chose, a única diferença, talvez, seja que estando gripado ficamos totalmente inúteis, só enxergamos nossa cama pela frente, parece que um caminhão passou por cima do nosso corpinho. Resfriado pode ser o filho caçula da gripe, ele tenta, mas não consegue nos derrubar de fato.
Temos ainda uma outra variante, a alergia. No meu caso, ela é muito mais nociva que uma temida gripe (uma, não "a", vocês sabem quantos vírus de gripe existem por aí?impressionante!). Nunca ousei fazer o teste das picadas, aquele que o médico injeta tudo que é passível de provocar alergia nas pessoas como pêlo de gato, abelha, pólen e assim por diante. É uma quantidade pequena desses "venenos", apenas descobre-se o quão alérgico você é, ninguém morre nesse teste. Mesmo assim, não me arrisco. Me contento com as minhas 1000 alergias, 1001 seria demais pra mim!
Fiz uns exames quando consultei uma alergista e foi constatado: sou ultra-mega-bluster-master alérgica à poeira. Exato. E, para completar o quadro, tenho alergia também à mudança de temperatura. Agora, realizem Carolinas, realizem! O que uma pessoa alérgica à poeira pode fazer para sobreviver?No mínimo, viver em uma bolha, isolada de tudo e de todos! E o que fazer com a alergia de mudança de temperatura? No mínimo, mudar-se de Porto Alegre. Infelizmente, enquanto minha casa no Nordeste não fica pronta, terei que tentar continuar lépida e faceira, mesmo vivendo numa cidade aonde, principalmente durante outono - olhem que maravilha, estamos nessa estação - e primavera, a temperatura chega a variar de 15 para 27 graus em poucas horas. Xuxu beleza!
Já encontrei um remédio - indicado pela mesma alergista dos tais exames - que consegue me dar uns dias a mais de sobrevivência nas condições úmidas desta cidade. Tomo uma cápsula por dia e, mesmo assim, cá estou em meu estágio, trajada com um abrigo - daqueles que a gente usa quando pretende estender o conforto do pijama por algumas horas - ao lado de uma colega de trabalho que usa blusa de alcinhas!Tenho ao meu lado direito um rolo de papel higiênico e, logo abaixo da mesa do computador, um lixinho. Nem preciso descrever para quê.
Só pela manhã já tomei Baryta, suco de laranja adoçado com mel - segundo a minha mãe, profunda conhecedora dos benefícios de cada alimento, mel é antibiótico - Cepacaína (pastilha para garganta) e Coristina D. Até sair de casa foi complicado, o cobertor não quis ser solidário comigo. Ele, a cama e o travesseiro não entendem que eu preciso trabalhar, definitivamente. Gosto do inverno, mas se é para ser frio é para ser frio oras bolas! Usar sandálias já não dá mais, a menos que alguém curta congelar os dedos, e bota esquenta as canelas, depois das 11h.Coisa mais sem graça é o povo caminhando por aí com 200 casacos na mão ao meio-dia. Estação mais deselegante essa.

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