Na noite passada, tentamos evoluir no quesito noite, nos tornar um pouco mais seletivas e freqüentar festas que realmente valessem. Só tentamos, pois o destino - ou a péssima organização do local - nos levou para o mesmo caminho de sempre.
Era a primeira noite da temporada do República de Madras, primeira noite também de permissão da entrada para maiores de 18. Antes só entrava maior de 21 e maior de 21 MESMO.Rolavam altos boatos em torno dessa regra, virou espécie de mito "a fila de triagem muito casca do Madras". Não sei como era, mas achei melhor não arriscar tamanha humilhação, caso não conseguisse me fazer de gente grande.
Ontem era pra ter sido diferente, a entrada seria tranqüila, afinal já estou quase nos autos dos meus 20 anos, duas décadas. DUAS DÉCADAS!Ledo engano. A pirralhada (inclua-me fora dessa, pois como diria "Dudinha-meu-amor" eu não sou piá, eu sou novinha, é diferente!É diferente, entenderam??!?!)ficou em alvoroço com a notícia e resolveu aparecer em massa para desbravar a famosa noite porto-alegrense. Começamos bem - ironia é o nome disso - já na fila para o estacionamento. Lugares? Somente no segundo andar do Shopping. Chegando na fila de ingressos, parecia mais uma espera para um mega show da Britney ou um Grenal na final do Gaúchão.Óbvio, furamos. E furamos na mais cara dura, aproveitando que estávamos cercadas de machos gentis. Passados alguns minutos, furamos novamente. Mas agora o furo era estratégico, na cara do gol. Nada poderia nos impedir, exceto uma frase:ACABARAM OS INGRESSOS. Não, vocês leram bem? ACABARAM OS INGRESSOS, INGRESSOS ACABARAM-SE, SE ACABARAM OS INGRESSOS, INGRESSOS ACABADOS...ops. Quando eu já estava psicologicamente preparada para nocautear todo mundo que aparecesse na minha frente, na hora do bolo final na frente dos guichês de ingressos, os mesmos simplesmente ACABAM. Nisso começa a fábrica de boatos. O povo, rebelado, não parecia querer arredar pé dali. Claro, era mentira, só poderia ser mentira. Mas não era. Ou era e eles tentaram apenas uma tática contra a multidão insana que se aproximava.Enfim, não ficamos lá para presenciar o final da história.
Arrumadas e depois de tantas filas não tinha como irmos para casa. Episódio mais broxante esse, fomos parar no maldito Wall Street. Quanto mais a gente reza fazendo promessa, dizendo que NUNCA MAIS VOLTAREMOS NAQUELE LUGAR, mais o destino se encarrega de nos levar pra lá. A gente poderia ter dormido, mas é uma questão de orgulho feminino poxa, nenhuma mulher se arruma para depois acabar em casa, dormindo.
Nós tentamos, eu juro, tentamos ser mais seletivas e parar de freqüentar noites ruins apenas pelo prazer de dançar com as amigas de forma avacalhada e bizarra. Não que isso não tenha sido uma das coisas mais divertidas nos meus últimos anos de vida, mas ai, nem só de avacalhações a gente consegue sobreviver né, se é que vocês me entendem!hehehe Às vezes temos que nos portar como mocinhas e aproveitar a noite além da nossa roda enlouquecida, curtir o som, o ambiente, os rostos bonitos e os corpos sarados!
Na noite da famosa fila de triagem acho que não voltaremos mais, ou melhor, na fila de ingressos, pelo menos por um bom tempo. Agora, nos resta encontrar um novo local de diversão para que nossas noites sejam melhores aproveitadas. Por enquanto, fica uma certeza: estou velha demais para Walls e cia. limitada. Talvez as gente deva apostar as fichas nas noites da La Playa mesmo. No final das contas, R$60 pode ser muito mais econômico e até lucrativo que qualquer R$10 de uma noite falhada.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
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