Se houvesse um concurso de melhor irmão do mundo, com certeza o meu ganharia. Falo isso com a maior convicção do mundo, pois não existe nada, nem ninguém igual a ele. A cada dia que passa, me impressiono mais com as atitudes dele e, quando conto para alguém sobre algo que ele tenha feito por mim, me impressiono mais ainda por descobrir que não é o normal de todos os irmãos.
Nunca fomos de brigar e, na realidade, só nasci porque ele insitiu muito para a minha mãe comprar uma mana "teresa" no supermercado. Enfim, não fui comprada e nem sou Teresa, mas tive a sorte de pertencer a uma família maravilhosa.
Qual irmão financiaria o carnaval da irmãzinha pelo simples prazer de vê-la feliz? Qual irmão se preocuparia tanto a ponto de perder seu tempo com conselhos para aquela que ele viu nascer? Qual irmão choraria e ficaria nervoso, quando pequeno, por ver a irmã chorar? Qual irmão se prestaria a ir dois dias seguidos na Redenção para ficar fazendo poses, em um calor de 36º, para que a maninha pudesse tirar fotos? O meu. E esses são apenas quatro exemplos do que ele faz por mim, todos os dias.
Sou muito privilegiada e não me dou conta disso. A nossa relação é tão boa que me acostumei, e isso é ruim. É preciso dar mais valor aos que nos cercam e isso aprendemos depois de perdê-los, não adianta. Esses tempos senti na pele a dor de ser ignorada e passei a dar muito mais valor para a nossa convivência. Andava um pouco estressada e largava todas as minhas revoltas para cima da minha família. Mãe é mãe e sempre acaba tolerando, agora irmão não, e foi exatamente o que aconteceu. Marcel Preis simplesmente não dirigia uma palavra a minha pessoa; quando muito, um olhar. Foi um dos piores tempos da minha existência - sem dramas. Depois de alguns dias de tortura e uma conversa franca, tudo voltou ao normal.
Agora, a cada dia que passa, procuro pensar mais e mais em como nunca quero perder essa relação e tenho certeza absoluta que não a perderei. Somos amigos de verdade, conversamos sobre os mais diversos assuntos ( do dia-a-dia estudantil de cada um aos problemas amorosos). Compartilhamos momentos maravilhosos e compartilhamos até nossos pertences ( incluindo escova de dentes, mas foi só um dia e por engano).
Com o passar dos anos nossa proximidade aumenta e nossos planos para o futuro crescem. Sempre que podemos, estamos juntos e, nas ruas, devem pensar sermos um casal de namorados. Quando um arranjar um amor, o outro terá que se virar para não perder a companhia garantida pro cinema. Já combinamos de termos filhos na mesma época e ele já estipulou o time e o esporte favorito dos meus filhos - Grêmio e futebol; meu marido terá opinião nula nessa questão, coitado.
Nesse exato momento, estou no quarto dele, ambiente de localização do computador da casa, e ele está na sala, assistindo ao Márcio Garcia- bom, muito bom hehehe. E, apesar de estarmos fazendo coisas distintas, a todo instante um comenta algo com o outro e falamos alguma palavra do nosso vocabulário particular. Sim, até isso nós temos.
sábado, 10 de novembro de 2007
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