Sexta-feira, como de costume, depois de um dia intenso de tarefas a serem cumpridas, ainda encontrei forças para ir ao cinema. Eu e minha companha de sempre - meu irmão - escolhemos O Passado, de Hector Babenco. Belíssima escolha.
Nunca havia visto um filme do ator Gael García Bernal - não, eu não assisti Diários de Motocicleta, nem Babel. Já tinha ouvido comentários sobre o mesmo e pude conferir que o cara é bom de verdade. O filme mostra a complexidade das relações humanas, através da vida desgraçada de um homem e suas mulheres. A parte feminina, aliás, é completamente insana e até mesmo a mais sensata de todas entra em surto, em determinado momento. O vocabulário é nada polido e palavras de baixo calão são ditas nas cenas mais inusitadas (em espanhol ainda, fica muito melhor). As mulheres são desbocadas, possessivas, obcecadas, apaixonadas, carentes...comecei a ficar preocupada e conclui: realmente, nós somos impulsivas demais, pobres homens. Ele está longe de ser um santo, muito pelo contrário, ele é o Don Juan da história e, no final, vai para cama com todas as fêmeas possíveis. Mas, é justamente essa a melhor crítica: o cara consegue "comer" - com o perdão da palavra - todas, entretanto o que ele ganha? Apenas a infelicidade de não ter o amor de nenhuma. Sim, o Don Juan em questão é muito infeliz. Bem, quem estiver a fim de ver um filme bom, é uma dica. Ah, aconselho não ir com pais, mães, ou pessoas que não tenhas intimidade, dessa vez as cenas são completamente explícitas. hehe
A minha outra dica é Pequena Miss Sunshine, de Jonathan Dayton e Valerie Faris. Fazia tempo que não assistia a um filme americano e esse serviu até para quebrar paradigmas e preconceitos contra filmes dos EUA. A sessão gratuita, no Santader Cultural, estava lotada, inclusive de pessoas que já haviam visto o filme. Na saída, entendi o porquê de repetirem a dose.
A comédia é muito inteligente e as personagens muito interessantes. Os mais variados perfis psicológicos são representados através da família da pequena Olive, uma menina que sonha em ser Miss, mesmo sendo o oposto do estereótipo estabelecido. A vontade que tenho, nesse exato minuto, é desatar a contar todos os detalhes, mas não quero ser chata e acho que realmente vale assistí-lo.
As dificuldades de sermos humanos, com desejos, ambições e frustrações, são retratadas em ambos os casos. Relações impossíveis de ignorar-se e se viver sem. Afetos que vão desde o mais carnal dos desejos, ao mais puro sentimento. Sugestões de alguém que teve a sorte de escolher duas ótimas tramas e que também vive os mesmos dilemas de um ser normal, como outro qualquer.
domingo, 11 de novembro de 2007
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Um comentário:
"Ah, aconselho não ir com pais, mães, ou pessoas que não tenhas intimidade, dessa vez as cenas são completamente explícitas. hehe"
Realmente...eu que o diga iaeijiaoejaeioaejio
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