segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O Morro dos Conventos continua lindo...

Como é bom ficar longe de tudo e de todos, ainda mais na companhia de alguém que a gente não vê há tempos.
Nesse feriadão, resolvi pegar uma mochila e me mandar para o Morro dos Conventos - o lugar perfeito para um retiro espiritual. Não sei explicar, mas essa praia me faz muito bem. Não tenho amigos por lá, apesar de freqüentá-la há 19 anos. Triste ? Não. Na realidade, digo que não tenho amigos porque não tenho AQUELA TURMA da praia que a gente encontra só no verão. Passei anos da minha existência brincando sozinha, ou com a pirralhada catarinense que conheço por lá. A minha total falta de sorte se dá pela grande predominância do sexo masculino - falta de sorte...será?Nesse caso sim! Pois bem, os anos foram passando e a diferença de idade com relação à piazada tornou-se enorme, impraticável. Começou a época das "festinhas" e eu em crise. Até que encontrei UMA amiga, a Gisele. Foi a minha salvação - e acredito que a dela também. Nisso, eu também já tinha retomado o contato com o Kiko, um ex-amigo dos tempos das fraldas. No final das contas, éramos nós duas, ou eu sozinha (quando a moça ficava com vergonha dos meninos) jogando futebol com um bando de homem. Apesar de todo o drama existencial a respeito de companhias, eu amo aquele lugar. Me sinto em casa, principalmente porque lá todos se conhecem e se ajudam, uma verdadeira família. Além disso, tenho a honra de ser filha do Gasolina, o cara mais famoso do pedaço. É impressionante como o sr. Márcio tem conhecidos, já virei até a Gasolininha!
Quando vou para lá, agora passar alguns dias, não mais 3 meses como antigamente, já vou sonhando com o descanso e em respirar o ar puro dessa parte quase inóspita do litoral barriga-verde. É...também não é pra tanto, o carnaval BOMBA. Aliás, esse fenômeno deveria ser objeto de estudos: como um local tão pacato transforma-se tanto na época do carnaval? É inacreditável.
Falando em carnaval, só participei uma vez dessa loucura. Sair só com machos tudo bem, mas em fevereiro já é demais; acabava ficando em casa. Quando a minha companhia feminina resolveu ir, em 2006, lá fui eu prestigiar o evento de milhares de pessoas enlouquecidas com suas camisetas de blocos e fantasias. Ainda bem que são só duas "noites"! Se alguém já foi, vai entender o porquê.
Voltando ao foco, esse findi alongado estava ótimo, mesmo com ventos de 350km/h que não nos deixavam por o nariz na sacada. Pude rever meu pai e até enjoar da cara dele (hey papi, brincadeirinha viu? hehe) de tanto que ficamos grudados - eu já disse a área do "apertamento" que nós temos? Pequeno é apelido, tá concorrendo com a casa de Garopaba. Porém, as vistas, tanto da janela, de onde vemos o mar, quanto da sacada, de onde vemos as dunas, são impagáveis!
Renovada estou, talvez nem tanto por causa de uma maldita gripe que não me deixa parar de tossir, e pronta para a semana que vem pela frente. Adoro minha faculdade, mas, graças ao Senhor, as aulas estão na reta final. Boa semana a todos e não esqueçam: falta 5 dias para o próximo Sábado!Nunca é demais lembrar...hehe

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Fernanda Lima que se cuide!

Mulheres com curvas têm filhos mais inteligentes, aponta estudo
Ácido das gorduras dos quadris é importante para o cérebro do feto. Segundo estudo, esta seria a razão pelas quais os homens preferem as curvilíneas.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL178786-5603,00-MULHERES+COM+CURVAS+TEM+FILHOS+MAIS+INTELIGENTES+APONTA+ESTUDO.html

Feito mulherada, abaixo a magreza! Vamos todas se alimentar bem para termos filhotes inteligentes. Mas, cuidado: a pesquisa mostra a importância das curvas, não confundiremos com banhas!Bom...a não ser que vocês queiram ser provedoras de gênios. É uma opção; gordinha, porém orgulhosa de sua cria. O ideal é encontrar o meio-termo. Se isso for realmente um fator de influência, Fernanda Lima que trate de incentivar bastante os gêmos a lerem e estudarem, caso contrário...já viu né!

domingo, 11 de novembro de 2007

Duas dicas cinematográficas:

Sexta-feira, como de costume, depois de um dia intenso de tarefas a serem cumpridas, ainda encontrei forças para ir ao cinema. Eu e minha companha de sempre - meu irmão - escolhemos O Passado, de Hector Babenco. Belíssima escolha.
Nunca havia visto um filme do ator Gael García Bernal - não, eu não assisti Diários de Motocicleta, nem Babel. Já tinha ouvido comentários sobre o mesmo e pude conferir que o cara é bom de verdade. O filme mostra a complexidade das relações humanas, através da vida desgraçada de um homem e suas mulheres. A parte feminina, aliás, é completamente insana e até mesmo a mais sensata de todas entra em surto, em determinado momento. O vocabulário é nada polido e palavras de baixo calão são ditas nas cenas mais inusitadas (em espanhol ainda, fica muito melhor). As mulheres são desbocadas, possessivas, obcecadas, apaixonadas, carentes...comecei a ficar preocupada e conclui: realmente, nós somos impulsivas demais, pobres homens. Ele está longe de ser um santo, muito pelo contrário, ele é o Don Juan da história e, no final, vai para cama com todas as fêmeas possíveis. Mas, é justamente essa a melhor crítica: o cara consegue "comer" - com o perdão da palavra - todas, entretanto o que ele ganha? Apenas a infelicidade de não ter o amor de nenhuma. Sim, o Don Juan em questão é muito infeliz. Bem, quem estiver a fim de ver um filme bom, é uma dica. Ah, aconselho não ir com pais, mães, ou pessoas que não tenhas intimidade, dessa vez as cenas são completamente explícitas. hehe
A minha outra dica é Pequena Miss Sunshine, de Jonathan Dayton e Valerie Faris. Fazia tempo que não assistia a um filme americano e esse serviu até para quebrar paradigmas e preconceitos contra filmes dos EUA. A sessão gratuita, no Santader Cultural, estava lotada, inclusive de pessoas que já haviam visto o filme. Na saída, entendi o porquê de repetirem a dose.
A comédia é muito inteligente e as personagens muito interessantes. Os mais variados perfis psicológicos são representados através da família da pequena Olive, uma menina que sonha em ser Miss, mesmo sendo o oposto do estereótipo estabelecido. A vontade que tenho, nesse exato minuto, é desatar a contar todos os detalhes, mas não quero ser chata e acho que realmente vale assistí-lo.
As dificuldades de sermos humanos, com desejos, ambições e frustrações, são retratadas em ambos os casos. Relações impossíveis de ignorar-se e se viver sem. Afetos que vão desde o mais carnal dos desejos, ao mais puro sentimento. Sugestões de alguém que teve a sorte de escolher duas ótimas tramas e que também vive os mesmos dilemas de um ser normal, como outro qualquer.

sábado, 10 de novembro de 2007

Relação de irmão

Se houvesse um concurso de melhor irmão do mundo, com certeza o meu ganharia. Falo isso com a maior convicção do mundo, pois não existe nada, nem ninguém igual a ele. A cada dia que passa, me impressiono mais com as atitudes dele e, quando conto para alguém sobre algo que ele tenha feito por mim, me impressiono mais ainda por descobrir que não é o normal de todos os irmãos.
Nunca fomos de brigar e, na realidade, só nasci porque ele insitiu muito para a minha mãe comprar uma mana "teresa" no supermercado. Enfim, não fui comprada e nem sou Teresa, mas tive a sorte de pertencer a uma família maravilhosa.
Qual irmão financiaria o carnaval da irmãzinha pelo simples prazer de vê-la feliz? Qual irmão se preocuparia tanto a ponto de perder seu tempo com conselhos para aquela que ele viu nascer? Qual irmão choraria e ficaria nervoso, quando pequeno, por ver a irmã chorar? Qual irmão se prestaria a ir dois dias seguidos na Redenção para ficar fazendo poses, em um calor de 36º, para que a maninha pudesse tirar fotos? O meu. E esses são apenas quatro exemplos do que ele faz por mim, todos os dias.
Sou muito privilegiada e não me dou conta disso. A nossa relação é tão boa que me acostumei, e isso é ruim. É preciso dar mais valor aos que nos cercam e isso aprendemos depois de perdê-los, não adianta. Esses tempos senti na pele a dor de ser ignorada e passei a dar muito mais valor para a nossa convivência. Andava um pouco estressada e largava todas as minhas revoltas para cima da minha família. Mãe é mãe e sempre acaba tolerando, agora irmão não, e foi exatamente o que aconteceu. Marcel Preis simplesmente não dirigia uma palavra a minha pessoa; quando muito, um olhar. Foi um dos piores tempos da minha existência - sem dramas. Depois de alguns dias de tortura e uma conversa franca, tudo voltou ao normal.
Agora, a cada dia que passa, procuro pensar mais e mais em como nunca quero perder essa relação e tenho certeza absoluta que não a perderei. Somos amigos de verdade, conversamos sobre os mais diversos assuntos ( do dia-a-dia estudantil de cada um aos problemas amorosos). Compartilhamos momentos maravilhosos e compartilhamos até nossos pertences ( incluindo escova de dentes, mas foi só um dia e por engano).
Com o passar dos anos nossa proximidade aumenta e nossos planos para o futuro crescem. Sempre que podemos, estamos juntos e, nas ruas, devem pensar sermos um casal de namorados. Quando um arranjar um amor, o outro terá que se virar para não perder a companhia garantida pro cinema. Já combinamos de termos filhos na mesma época e ele já estipulou o time e o esporte favorito dos meus filhos - Grêmio e futebol; meu marido terá opinião nula nessa questão, coitado.
Nesse exato momento, estou no quarto dele, ambiente de localização do computador da casa, e ele está na sala, assistindo ao Márcio Garcia- bom, muito bom hehehe. E, apesar de estarmos fazendo coisas distintas, a todo instante um comenta algo com o outro e falamos alguma palavra do nosso vocabulário particular. Sim, até isso nós temos.