Mulher dá à luz 18º filho no Interior de SP
Ela já ficou grávida por 27 vezes, mas teve nove abortos.
Cláudia teve o primeiro filho aos 11 anos em Palmeiras dos Índios, Alagoas.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL148005-5605,00-MULHER+DA+A+LUZ+AO+FILHO+NO+INTERIOR+DE+SP.html
Leiam, por favor, leiam. Estou completamente chocada. Como se não bastasse dar a luz ao seu 18º filho, aos 40 anos, o pai da criança ainda é amigo de um de seus filhos e tem 15 anos - isso que estou ignorando um fator óbvio: ela "está" desempregada.
Depois dessa sucessão de má sorte, ainda é certo condenarmos a laqueadura, ou os médicos que a praticam??!?!Por um acaso, seria uma afronta "laquear" uma criatura dessas??!!?!Teria essa mulher CONSCIÊNCIA de toda a situação?!?!!?!
Aproveito o ensejo e, redirecionando um pouco o foco, resolvo entrar em um campo mais polêmico, o do aborto. Sou totalmente a favor, a favor da livre escolha. O equívoco está no fato das pessoas acharem que concordar com a descriminalização significa apoiar a prática. E sabem o que mais me indigna? A intromissão do homens nesse assunto, afinal, o que eles têm a ver com isso?? Seres humanos do sexo masculino têm direito a escolher quando querem ser pais, até aí, tudo bem. Mas, se a mulher não quer, o filho não "sai". É simples assim. Nós carregamos a criança na barriga por nove meses, nós sofremos as dores do parto, portanto, nós decidimos quando e quantos filhos queremos.
Pensando melhor, não é tão simples assim, não no Brasil (aliás, o que é simples por aqui?). Seria, se as pessoas no nosso país tivessem educação e informação suficientes. Se as pessoas tivessem consciência e discernimento a respeito da responsabilidade que é gerar um filho. O aborto nunca foi e está longe de ser a solução, também não deve ser banalizado ou pensado como um ato corriqueiro. A melhor saída é sim buscar métodos contraceptivos, orientar-se antes de qualquer conseqüência. Mas, será que vale a pena ter uma criança indesejada, condenado-a pro resto da vida a ser um estorvo? Será que uma mãe pobre, com outras dezenas de filhos no mundo, pode ter mais outro? Por outro lado, vale a pena matar um ser em formação que tem culpa nenhuma de ter sido concebido? Vale a pena passar por um procedimento tão doloroso e ter traumas tão grandes para o resto da vida?
São delicadas as questões e mais complicadas ainda suas respostas, por isso deixo-as em aberto. Ter uma posição sobre o assunto é algo muito difícil, depende da situação, do momento e de cada uma de nós. Minha única defesa aqui é da liberdade das mulheres em decidir o que fazer com o seu corpo e com a sua vida. Se o trauma de retirar um filho já é grande, retirá-lo sem condições básicas de higiene pode ser pior ainda. Esse é um problema de saúde pública e, idependentemente da opinião do Papa ou do Lula, mulheres continuarão morrendo ao tomarem essa decisão e executá-la de forma clandestina.
Ps.: Apesar de toda seriedade do post, não podia perder a piada: deêm só um "look" na lata da tia, pobre menino! Só podia ser virgem...
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
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Um comentário:
Cruzes! imagina tudo isso de filho e ainda pobre e sem emprego. Concordo contigo ju! No fim a criança nasce, sem culpa de nada e acaba sendo um estorvo como tu disse. Muito bem,a opinião do Lula e do Papa não servem pra nada, afinal o que sabem eles sobre isso?!
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