sábado, 29 de setembro de 2007

O mínimo de educação não faz mal a ninguém.

Esses dias voltando do estágio matinal (sim, tenho dois e já estou prestes a atender o telefone de um lugar falando o "texto" do outro, faz parte) comecei a pensar sobre etiqueta, não aquela da calça da Gang, até porque essa tem "etiquetinha" conforme diz a música. Etiqueta aquela relacionada à educação, etiqueta de Glória Kalil e Célia Ribeiro.
Quando ouvimos essa palavra logo lembramos desse assunto como algo chato ou relacionamos àquela tinha ranzinza que está sempre pegando no nosso pé. Porém, falo aqui de etiqueta básica, penso em palavras como respeito, solidariedade e gentileza. Uma coisa é seguir todas as milhões de regras à risca, sendo a pessoa mais insurpotável do mundo, outra bem diferente é ter o mínimo de simancol em determinadas situações do nosso dia-a-dia. O problema, atualmente, é a total falta de critérios, eu diria. As pessoas pensam viver em uma bolha e estão nem aí pro resto.
Exemplos típicos disso são os queridos e queridas que fazem questão de parar BEM NO MEIO DA RUA para conversar. Temos também aqueles que desconhecem a palavra OBRIGADO e sequer ouviram falar em POR FAVOR. Entre muitos outros casos, um dos que menos compreendo é o fato de idosos se atravessarem na nossa frente para entrarem no ônibus. Pessoas de idade merecem sim todo o nosso respeito, mas eles andam extrapolando, e muito. Se sabem que não passarão pela roleta e ficarão em pé, por que insistem em trancar nosso caminho??? Bom, até aí tudo bem né, no final das contas sempre consigo uns centimetros para passagem. O que ninguém acreditaria foi uma situação pela qual passei na Redenção. Estavámos eu, minha mãe e minha tia sentadas bem felizes no banquinho quando resolvi comprar um refrescante refrigerante. Ao retornar, qual não é minha surpresa, uma tiazona resolveu sentar-se, mesmo após ser advertida da existência de uma 3ª pessoa - no caso, eu. E vocês acham que ela saiu dali??Não houve santo que a fez mover os pés (para não dizer outra coisa, um pouco mais indelicada). Agora, imaginem se EU tivesse feito a mesma coisa? "Ah porque esses jovens de hoje não têm respeito". SEMPRE ASSIM.
Não sei o que acontece, às vezes tento acreditar que as pessoas não se dão conta, sei la...não fazem por mal. Seria bom se fosse assim mesmo. Na verdade, existe é muita gente mal-educada por aí. O mais intrigante é que alguns chegam a estranhar tanto a boa educação, que gentileza acaba causando espanto. São pequenos gestos que podem fazer toda a diferença no seu dia. Experimente dar "bom dia" a um vizinho, você sentirá uma satisfação imensa ao ouvir a resposta dele. Melhor que isso, só quando dizemos "com licença" e recebemos um "toda" logo em seguida.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Ler faz bem, acreditem!

Não sou daquele tipo de pessoa que lê de tudo - muito menos bula de remédio como "está na moda" dizer-se. Muito pelo contrário, minha relação com a escrita é muito melhor que com a leitura. Leio apenas o que me interessa, aquilo que me dá prazer, com exceção das notícias, as quais cada vez menos costumam me agradar. Eu sei, estou errada. Meu maior equívoco é ler apenas aquilo que me interessa, pior ainda e por conta disso deixar - e olha que já perdi a conta- livros pela metade. Porém, vamos pensar no lado bom: antes ler o que gosto, que ler nada. Concordam? Tá, é um pensamento um tanto quanto mediocre e comodista, mas é valido. O problema maior, ao menos no meu caso, foi a falta de hábito. Admito, não faço jornalismo por sempre ter gostado de ler, posso, até mesmo, dizer o inverso, leio mais porque faço jornalismo. Ler é sim maravilhoso e só acrescenta, mas é algo que precisamos cultivar, ir aprendendo aos poucos.
O auge da minha preocupação com relação a esse assunto foi quando estava em uma das 457 entrevistas de estágio pelas quais passei há pouco tempo - aliás, estou pensando em dar consultoria sobre o assunto, algo do tipo, não faça como eu - onde havia um questionário e umas das questões era sobre quais revistas eu lia. Entrei em pânico, me senti a mais desinformada e desinteressada do mundo, para não dizer outra coisa. Eu simplesmente lia 0% de revistas. Me dei conta que há tempos queria assinar algum exemplar, mas sempre deixava para depois, péssimo costume, estou mudando, eu juro.
Pois bem, cheguei em casa e tomei uma atitude, entrei no site da Abril. Para "curar" tanto remorso não bastaria uma, assinei duas revistas, Piauí e Superinteressante - meu cacife é pouco para a Veja, não rolou, mas acho essas duas muito boas.
Vinte e poucos pilas por mês e serei uma pessoa muito mais informada. É preciso fôlego para ler as matérias da Piauí, recebi no início do mês e ainda não consegui ler inteira, agora por total falta de tempo. A Superinteressante, usada antigamente para trabalhos escolares, foi reformulada e também achei muito legal quando a li há um tempo atrás. Vamos ver como estará agora, ainda aguardo meu exemplar, talvez quando as pessoas resolverem parar de fazer greve (parar, greve, quanta redundância) poderei adquirir um pouco mais de cultura...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Vale mais que mil palavras...

Tem coisa melhor que um abraço? Tá, todos sabemos que tem, mas que um abracinho cai muto bem, ninguem pode negar. Reparem só as vantagens desse gesto: pode ser dado em qualquer lugar, a qualquer momento, pode ter as mais variadas funções e é muito confortante. É, essa é a palavra perfeita.
Antes de tudo, preciso confessar, não sou a mais carinhosa do mundo, estou muito longe de tal "título" - o que dirá minha mãezinha então, vive reclamando o quão "desamorosa" sou. Não sei porque, não curto muito essa coisa excessiva de afeto (isso que nem entrarei no assunto "casais-sem-noção-que-se-agarram-na-rua"). Ainda bem que as minhas amigas são exatamente como eu. Pra vocês terem uma idéia, somos tão "queridas" que, na volta do feriado, por um gesto espontâneo dei um beijo na Taynah e, imaginem, não deu outra, nós duas ficamos chocadas, perplexas. Apesar de tudo isso, acredito muito nessa demonstração de afeto, carinho, amor, amizade, que é o abraço. A única diferença é que vejo isso como algo sério e, embora seja gratuito, não deve ser "usado" a todo instante. "Não deve" pode ser muito forte; quero dizer que simplesmente não vejo necessidade. Para mim, perde o sentido, fica banalizado. Sacas?
O ato deve ser espontâneo e vale guardá-lo para certos momentos - pelo menos aqueles mais sinceros. Experimente abraçar alguem que chora sem dizer uma palavra sequer, com certeza essa pessoa vai te agradecer para o resto da vida. Abraços marcam, emocionam, alegram e podem ser melhores ainda quando conseguimos sentir o coração da outra pessoa bater junto do nosso. Abraços de despedida, daqueles que parecem nunca ter fim. Abraço que tenta trazer um pouco de tranqüilidade àquele que está desamparado. Existe também aquele que traduz uma amizade verdadeira, ou ainda aquele que parte dos braços mais seguros que podem exister, nossos pais. Mas e quem disse que não há um do tipo "caliente", daquele que te faz ter calafrios?? Pois bem, esse simples "entrelaçar de braços" pode mudar a vida de alguém e vale mais que mil palavras. Só espero que a tal "hug shirt" não vire moda, senão nossas relações estarão completamente perdidas e até os mais desnaturados - tipo eu - sofrerão de carência múltipla.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

"Quatro Estrelas"

Quem puder assista ao filme "Quatre Étoiles", em cartaz no Guion Center. Sim, adoro filme Francês! Admito, alguns são chatos, muito parados, mas essa comédia de Christian Vincent vale o ingresso. Não darei maiores dicas, apenas digo que é muito bom. Uma daquelas comédias francesas sutis, que fazem a gente rir das nossas atitudes banais de seres humanos. Também não entendi o nome do filme, até achei que era um drama. Tava meio perdida e cansada no dia, até "cabeceiei", quase durmindo, mas tudo por cansaço próprio, não por demérito do longa.
O elenco é muito bom e a moçoila da trama, segundo meu irmão, é linda - vai entender né, já não sei mais o que significa beleza para os homens, mas enfim, ela não tão ruim assim...hehehe
Ah, um último comentário: não há UMA cena de sexo sequer, acreditam?? Pois é, dessa vez já estávamos até preparados...

domingo, 16 de setembro de 2007

Diferenças musicais: ufa, elas existem!

Falar em política me dá calafrios, prefiro falar sobre música. Aproveito o gancho da semana, a participação do duda - Eduardo Garbi, Jornalista do Kzuka, "meu amigo de outros carnavais" e filho da minha ilustre chefinha - no programa Debate MTV. O tema a ser discutido? Raves: odiar ou amar.
Na realidade não consegui assistir às loucuras da discussão mediada por Lobão, cheguei ao 45' do segundo tempo. Mas, tive o prazer de ver o triste comentário do nosso representante gaúcho. Ok, não foi bem aquilo que ele quis dizer, I Know!hehehe Opiniões sobre essas que alguns chamam de noite à parte, gostaria de refletir sobre os variados estilos de música.
Sou uma pessoa bastante eclética, apesar disso muitos me intitulam pagodeira. Ledo engano, já que escuto de Maroon 5 à Pitty (uma música só, mas ta valendo), por "increça que parível" - como já diria meu professor André Pase. A idéia de escutar apenas um estilo musical não me parece muito certa. Para mim, ritmos foram criados para diferentes momentos e situações. Impossível alguém ser funkeiro 24h por dia, realizem: a guria na maior depre, sozinha, abandonada, vai "cortar os pulsos", ficar na fossa ao som de Tati Quebra Barraco?? Bom, a não ser que a pessoa seja muito alegre, muito prafrentex e tenha o pensamento focado sempre com base na idéia "Tremendo Vacilão".
Acredito que pessoas ecléticas são aquelas apreciadoras de boa música, mesmo que esse "boa" esteja na concepção de cada um, seja muito subjetivo. Existe aquela batida boa pra início de festa, aquela letra que te faz lembrar alguém, aquele ritmo que te deixa mais alegre, ou aquela melodia que te acalma.
Muitas pessoas acabam com o pagode, dizem que não é música, ou o colocam adjetivos muito piores, mas, parafraseando minha amiga de longa data, Laura dos Santos Boeira: "Acredito que pagode é poesia". Evidente, assim como em todos os segmentos, existe sim pagode-lixo. Existe muita coisa ruim e muita falta de criatividade. Porém, já pararam para pensar em como isso se encaixa a outros estilos?? Não quero ser defensora pública de nada aqui e sei que essa citação é um pouco exagerada - a intenção é causar um pouquinho de polêmica. Relax. Minha intenção aqui, na verdade, é tentar mostrar como a música pode fazer total diferença nas nossas atitudes. Simplificando: já viram alguma noite com pagode aonde as pessoas estão tristes? Esse é o "X" da questão. Gosto de ouvir algo que me deixe leve, alegre, me faça dançar. Justamente por isso, quando estou em casa, no computador, prefiro escutar algo como James Morrison ou Matt Wertz. É nesse momento que surgem minhas dúvidas a respeito das raves.
Os defensores dizem que não, mas, vamos ser francos, não tem como ficar horas e horas (e olha que não sou poucas) escutando uma batida louca sem ter usado algum "artifício". Admito, já fui a raves, inclusive já fui a uma e voltei as 9h30, sem comer um pirulitinho sequer, se é que me entendem. Mas vejam bem, já fui, uma ou duas vezes e não aguentei mais. Não apenas a falta de um "combustível" nos faz desistir como, inclusive, o excesso dos outros. Se tu não entras na mesma "vibe", não tem como suportar. O problema é o entrar nessa tal de vibe. Fora todas as questões da própria festa em sí - isso tem a ver com gosto, temos que respeitar - a música realmente não me agrada. Posso afirmar isso porque já experimentei, fiz o teste. Não chego a detestar, mas não gosto da repetição. Aliás, falando nisso, se tem uma coisa que não entra na minha cabeça são aquelas pessoas que escutam psy desde a hora em que acordam, aí já é demais!
Enfim, respeitar as diferenças é o importante; ser aberto a novas experiências nunca é demais. Dentro dessa idéia acho muito produtivo o projeto da Coca-cola, que mistura artistas dos mais variados gêneros e mostra que música boa independe de qualquer coisa. Imaginem se a trilha sonora de nossas vidas tivesse apenas um ritmo, tudo teria menos graça! Aproveitemos então nossas noites da melhor maneira possível, seja no bailão ou na pista de hip-hop.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Paixonites agudas...pensamentos que atormentam.

Inspirada nas minhas coleguinhas famequianas, resolvo escrever sobre o amor, esse sentimento tão abstrato, merecedor de tantas discussões. Mas, pensando bem, prefiro falar sobre paixonite, ou simplesmente flãrtes - como já diria minha amiga Natália Falcão da Motta Marques. Sim, porque amor é uma palavra forte demais, complicada e que não aparece a todo instante.
Dizem que paixão dura 2 anos e, justamente por isso, deveríamos juntar os trapos, ou dizer o "sim" apenas depois desse período. Não sei se essa tese é completamente certa, agora, que algumas paixões podem durar dias, segundos, as chamadas "paixonites agudas", com certeza.
Acredito me encaixar perfeitamente nesse grupo agudo e, talvez até por isso, consigo me apaixonar por várias pessoas ao mesmo tempo. Não venham dizer que isto é impossível. É claro que aí estamos bem longe do campo do amor, eu diria até que estaríamos numa zona bastante conflituosa, talvez mais para uma faixa de gaza. Não é questão de querer demais, ou ser indecisa. É simplesmente conseguir ver qualidades em diferentes pessoas, tendo sentimentos diferentes em relação a essas, afinal paixões não são iguais, não há fórmulas - antes houvesse.
A grande questão é: enquanto o grande, puro e verdadeiro amor não surge, a gente pode sim derreter o coração, sentir calafrios, ficar de pernas bambas, sentir vontade de telefonar para aquela pessoa que "mexe" com a gente. Mais que isso, podemos sentir tudo isso por mais de uma criatura, ou sentir emoções diferentes com cada pessoa. Entendem o que quero dizer? É como as amizades, existem aqueles que são boas companhias para festa, outros que "fecham" completamente com sua visão de mundo, aqueles que se escolhe para viajar e aqueles que estão sempre ali, não importando o que aconteça. È mais ou menos por aí.
De alguns gostaremos mais do beijo, de outros, mais de conversar. Alguns estão sempre ali, justamente como as antigas amizades. Existem ainda aqueles que o coração bate mais forte e jamais se esquece. Poderia dar mil exemplos. Penso apenas que, antes de surgir o amor perfeito, surgem as paixonites erradas(?). No momento que conseguimos reunir todas essas sensações em um pessoa, pronto, surge o amor.O que, também dizem, acontece MESMO uma só vez na vida.
Meu cupido andou tirando umas férias, mas tenho plena consciência que não dou muita chance pra ele voltar de viagem. Paixonite aguda?? Tenhos várias, cada uma de sua forma e que me fazem sonhar de uma maneira distinta. O problema maior, acredito eu, é que, no fundo, bem no fundinho, gosto de desafios. "Quem eu quero não me quer, quem me quer eu não quero", é muito fácil de se dizer e parece muito real. Porém, é o que mais adoro. Preciso confessar. Qual a graça de querer algo, alguém e conquistar facilmente? Não sei vocês, eu acho muito bom lutar para conseguir e, pior de tudo, mais sem sentido: depois que "consigo", muitas vezes perde a graça. Tá, parece papo de louco; pensando assim nunca conseguirei nada. Mas é a mais pura verdade.
E se todos pensarem como eu? Então viveremos sempre em um jogo, ou, para ser mais dura, em uma guerra, onde todos gostam mesmo é da "arte da conquista". Aí que entra outra grande questão, é legal lutarmos, querer o mais difícil, mas tudo tem limite. Uma coisa é ficar com mais vontade daquilo que não se pode ter - sem querer tratar as pessoas como objeto, tá parecendo isso já - outra, bem diferente, é sofrer, ou "se fazer" tanto a ponto de perder a chance. Além do mais, ninguém vive só de tentativas, é preciso efetivar (elêlê). Desafio dá um gostinho a mais, ser fazida é que não dá. Acabo de entrar em contradição: o meu agir é diferente do meu pensar. Eu sei, eu sei. Talvez tenha nascido com o sexo errado... O quê não consigo entender é o auto-controle das pessoas... é admirável! Um dia eu aprendo...

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Feriadinho em santa - o aperitivo

Depois de um bom tempo sem escrever, cá estou eu, julinha, a própria. Já que ando correndo feito doida, sim eu faço dois estágios, to até pensando em largar a faculdade e arranjar outro, pela noite!hehehe Bom, correrias a parte, vim falar justamente do contrário, o feriado, aquele dia em que se faz nada.
Como é bom um feriadinho não? Maravilha!Ainda mais quando ele é bem aproveitado em uma das praias maravilhosas de Santa - me perdoe o meu estado, mas nesse quesito estamos mal das pernas. Pois bem, já estava conformada em "aproveitar" meu descanso em Portinho mesmo quando, em uma fração de segundos, tive a melhor idéia do ano: ir para a Ferrugem! Tá, é claro que já tinha passado pela minha cabeça essa viagem, mas fiquei pensando na grana e vi que não daria. Como então eu decidi ir? Continuei com o mesmo orçamento, mas resolvi não pensar no resto do mês, simplesmente fui. Ok, agora estou completamente pobre, talvez essa tenha sido minha única alegria no mês, mas valeu.
Nada de tão especial, apenas dar boas risadas e não se preocupar com nada - com exceção da paranóia com roubos, adquirida após uma mala surrupiada em Imbé. Confesso que, ao chegar, odiei a idéia de dividir uma casinha com machos nunca dantes vistos, não sou das mais abertas a novas amizades masculinas, sei lá porque. A primeira tentativa de conversa foi triste, porém, depois de muito esforço da ala "XY", conseguimos nos socializar. A partir daí ninguém nos segurou. É estranho como as pessoas viram íntimas, bastam algumas horas de conversa e pronto, se tiver assunto bizarros então, nem se fala! Enfim, não vou contar todos os acontecimentos, até porque, vai saber quem transita por aqui...Só sei que no final pareciamos amigos de longa data. Acabei descobrindo amizades antigas do meu irmão e absorvi o apelido "Marcel". Em uma próxima ocasião divertirei vocês com as peripécias do nosso feriado.
Só pra constar...a casa do pedrinho foi a mais visitada, com certeza!!!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Escolhida a dedo...

É incrível como algumas pessoas nascem iluminadas. Domingo tive o imenso prazer de conferir o novo show da Ivete Sangalo, no Gigantinho, e comprovei essa tese.
Certamente, força de vontade, objetividade, garra e luta são essenciais para aquele que deseja ter sucesso, agora, que o cara lá de cima coloca o dedinho dele, ah isso ele faz!Impossível tentar provar-me o contrário: pessoas que têm sucesso - muito sucesso, do tipo celebridades - são espermatozóides duplamente premiados.
Comprei meu ingresso com semanas de antecedência, consegui um dos mil primeiros e, "dar um look" no tempo:nublado. Pois bem, lá fomos nós, sem muita expectativa (e isso é o bom) e apenas com a esperança de vermos mais um show da ivetinha. Quando ela entra no palco, com aquele macacão estilo mulher gata, toda gostosona - sim, ivete é unanimidade em gostosura, mais para as mulheres que para os próprios machos até - já tivemos uma idéia da energia que teria aquele espetáculo. Uma música aqui, outra ali, inúmeras trocas de roupas e a Rainha da Bahia só confirma sua estrela. Entre um hit e outro (aliás, capacidade impressionante de criar hits essa mulher!), ela pega o microfone e conversa com o público, mas conversa com a gente como se estive em casa, sentada de pijama na sala, comendo pipoca. Ficou claríssimo o poder de conquista dela e, óbvio, esse "saber lidar" faz toda diferença. Um exemplo clássico disso foi o show do Babado Novo, no último Planeta Atlântida. Não estava presente, mas fiquei sabendo dos tristes comentários da moça, loira essa, inclusive, que tenta ser uma versão da Ivete; infeliz tentativa, na minha opinião. Então, como ia dizendo, a maravilhosa cantora não apenas elogiou muito a nossa terra (claro, ela faz isso todo show, afinal artista ama Porto Alegre como ama Belo Horizonte e todos os lugares, mas enfim) como cantou a música "Deu pra ti", de Kleitor e Kledir!!!Ok, ok ela demorou pra conseguir falar "Zaffari"...vamos dar um desconto. Não sei pra vocês, mas para mim, alguém com tanta fama, normalmente não precisaria se preocupar com esse tipo de gesto, mas ela se preocupou. Além de ser linda e ter uma baita preparo físico, ela ainda pensa nesse tipo de coisa (sem contar nos cartazes recolhidos, que ela enrolou pelo corpo, parecendo uma mendiga, só para retribuir o carinho). Por essas e por outras ela merece ter nascido com o c* pra lua, com o pesar do termo.
Só não entendi uma coisinha: com tantas qualidades e fãs babões, ela ainda quis dizer que tá na seca???Pegando nada?? SACANAGEM!!!!O que sobra para nós reles mortais???

sábado, 1 de setembro de 2007

Crônica do Amor, de Arnaldo Jabor

"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem noódio vocês combinam. Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você amaeste cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucurapor computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa."

Bom...preciso declarar algo? Acho que não.