quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Amar, mesmo que por algumas horas

Era isso que eu tava precisando. Um filme, um bom filme. Uma inspiração. Acabo de assistir "Two Lovers" ou "Amantes". E essa história romântica me fez ter vontade de dividir meus pensamentos com alguém...ou com um teclado. Mexeu comigo porque, apesar de todas luzes e cenários, era a vida real. Corrigindo, era a vida ordinária, longe de Hollywood, da Nouvelle Vague, de Bollywood...o que for. A vida que a gente costuma chamar de real.
Mas o que de tão extraordinário eu descobri com a Gwyneth Paltrow? Rien de rien como diria madame Piaf. Nada de novo, tudo o que a gente vê nos filmes, aliás, é bem velho né. Manjado. Estamos cansados de saber, o duro é aceitar. Em quase duas horas de angústia amorosa, aceitei que as relações são efêmeras. E pronto. Aceitei que as pessoas são cada vez mais, ou sempre foram, não sei, substituíveis. Basta encontrarmos um novo perfume para esquecermos daquele cheiro antigo que nos deixava alucinado - agora eu fui bem na metáfora hein.
Triste realidade? O pior é que não. Sei que sou um tanto quanto positiva, praticamente uma Pollyanna. Mas, vamos pensar um pouquinho. É melhor assim. Melhor para todo mundo. Desse jeito a gente pode se recompor com mais facilidade.
Peraí, pensando bem mesmo...que negócio horrível esse de ficar substituindo as pessoas. De tapar um buraco no peito com um outro beijo. Nossa, quanta insensibilidade!
Complicado. Agora fiquei confusa de verdade. E quem não encontra um outro alguém que tome o lugar daquele outrem? Nem sempre temos a chance ou o charme - tá, forcei - do Joaquin Phoenix. Aí a situação fica realmente difícil. Vamos continuar no outro raciocínio, vamos acreditar que todos encontram novos olhares brilhantes para esquecer daquele antigo embaçado. Parece bem bonito. E pode ser mesmo. A entrega de quem pretende esquecer um passado pode ser gloriosa. Só que a gente é muito vulnerável. Não sei, mas de repente o que mais me pareceu perturbador foi essa facilidade com que as coisas acontecem.
Ah...pelo menos no filme ele conseguiu reaproveitar o anel de noivado e a história ficou perfeita. É, mesmo que para isso alguém tenha sido a segunda opção. 

2 comentários:

Nivio Júnior Lewis Delgado disse...

Ahhh a internet, te disse que ja conhecia te Blog. Gosto muito do teu texto. Parabéns!

Julia disse...

Pois é, que incrível essa tal de internet!Que bom, brigada!