Lembro-me bem, em algum momento, através deste humilde blog, já expressei minha indignação para com estas ditas "mulheres frutas", ou mais especificamente, em relação à tal Melancia. Aquela moça com excesso de
gostosura que pára o trânsito.
Agora, após menos de um mês em solo
tupiniquim, resolvo voltar ao assunto, que mexe tanto com o nosso intelecto. Dois "fatos" - quase históricos - me chamaram atenção. O primeiro, foi ter lido em algum site que a
Playboy vai dar um tempo nas capas com mulheres das seguintes
provenências:
BBB e fruteira. Parece que o resto da
mulherada - aquelas famosas super elegantes, de
família e com uma reputação a zelar - estava negando propostas em função do nível que essas duas origens
mulherísticas trazem para a revista masculina. O segundo, foi, enquanto
zapeava (
êta palavrinha
brega) pela vasta programação vespertina da televisão brasileira e acabei na
Record.
Exatamente, o canal do bispo, aquele que, ao menos
tecnicamente, deveria ser um pouco mais respeitoso em sua programação. O que lá encontro? Um tal de Geraldo, dito apresentador, narrando com
empolgação o rebolado enlouquecido de uma meia dúzia de competidoras. Torneio de
popozudas!Isso mesmo e com direito a R$300 de recompensa pelo o suado esforço de se remexer a
buzanfa!O melhor de tudo? Elas ainda tinham direito à
honradíssima ajuda dessas mulheres com apenas um grande "dom": a
bunda. Ainda perdi mais dois segundos da minha vida para observar o circo. Uma dessas
raimundas não conseguia ensinar a aprendiz, seu vestido era justo e muito curto!Coitadinha, no mínimo, foi a malvada da produção que a obrigou a "vestir-se" desta maneira!"Gente, minha
calcinha vai aparecer". Se fosse só a peça intima eu ainda ficaria aliviada, mas com as coxas à la Roberto Carlos, perigo nos depararmos com muito mais...
Toda essa história de
nadegas me deixa um pouco confusa, até esqueço o
objetivo deste texto...Ah sim, graças a acontecimentos como estes, estou aqui para dar o meu depoimento de como é difícil ser brasileira - MULHER - no exterior. Estes dias, sentada em uma roda de
chimarrão no
Parcão ouvi alguém que acaba de chegar da Europa dizendo não ter conseguido explicar o que, ou quem é mulher
samambaia. Diz o rapaz: é uma mulher que... tem
bunda grande!Explicação mais clara não poderia. Já a interpretação do europeu curioso, são outros quinhentos...Uma coisa é certa, pelas minhas caminhadas no velho continente, decepcionei bastante!
Yes, i'm
from Brazil. Até ai, apenas aplausos. Com risco de ser ovacionada. Logo em seguida começa a tristeza da
gringalhada. Por
IN-
CRÍ-
VEL que pareça eu não nasci no Rio de Janeiro, nunca estive nua em pêlos na Marquês de
Sapucai, não, em
Atlântida, nunca usei o famoso String e vejam, minha
bunda cabe numa calça 38. Eu não sambo 24h por dia e, além de todas essas
características que, com muito pesar, não posso me orgulhar de ter, ainda sou branca daquelas demonstradoras de veias no inverno. A partir dai perde a graça ser brasileira, o desinteresse é total.
Evidente, usei do artifício exagero para
exemplificar os sentimentos dos europeus - machos - para
conosco, brasileiras. Encontrei muita gente legal, que conhecia Porto Alegre e inclusive continuava conversando comigo mesmo após eu me negar a sambar, dizer que não uso string e verificar o quão singelo é meu traseiro. Mas, que ainda temos esta imagem pelas bandas de lá, temos. E como! Está claro, tem muita mulher que adora essa função. Tira vantagem - no ponto de vista vesgo delas - deste tipo de situação. Eu juro, nestas horas tive mais orgulho ainda de ser gaúcha. Podem me chamar de
preconceituosa, bairrista. Está
claríssimo para mim, a cada dia mais, o quão distantes somos desta cultura. Não estou dizendo que toda carioca é
popozuda, aliás, minha maior companhia no último mês parisiense foi justamente uma - carioca, que fique claro! Entretanto, nós, os sulistas somos mais fechados, consequentemente, menos desenvergonhados. É, pra mim está faltando é vergonha na cara desse povo! E Inúmeros
fatores levam a este comportamento, o mais simples talvez seja o clima. Mesmo querendo, nenhuma
tchutchuca aguenta usar barriga de fora em
julho, no
RS. É fato! Agora, as cariocas se indignarem com um guia
turístico feito por um brasileiro que classifica as tais
popozudas como mulheres que gostam de estar sempre lindas, pintam cabelo de loiro, usam calça colorida justa
, entre outras
características, é piada. Assim como eu detesto generalizações - justamente por isso fazia questão de nunca sambar e dizia morar em um estado onde faz frio e não tem só praias - elas precisam aceitar que o autor não estava chamando toda carioca de
fubanga, ele apenas descreveu um dos tipos mais famoso daquela cidade!
Ao menos elas trazem algo de bom para o nosso país - ou para o Rio, para ser mais exata - o turista. E turista quer dizer dinheiro, economia girando, país crescendo e no final todo mundo fica com a pança cheia. E pança cheia tem como consequência um povo mais alegre. Sendo assim, todos sorriem com mais frequência. Sorrisos estes sim, sempre venerados em qualquer canto do mundo!E com razão!