Aproveito o findi na cidade para atualizar o meu espaço. Resolvi falar sobre cinema, visto que essa semana consegui assistir a quatro filmes (nossa, agora parei para fazer a contagem, 4 filmes em 5 dias...praticamente uma overdose!).
Para quem não sabe, nesta semana aconteceu o 4º Festival de Verão Internacional de Porto Alegre. Filmes de vários países, em 4 salas de cinema. Porém, não foi apenas o evento que me "carregou" ao Guion e ao Arteplex, mas também a minha última semana sem aulas.
Começando pelo início como disse Thiago Lacerda agora há pouco no tal de "Dream Fashion não sei das quantas" - evento de "moda" mais pra show de D2 do que não sei o quê. Segunda-feira fui ao Guion com o meu respectivo ( irmão, não é pra se emocionar) para prestigiar O Grande Chefe, do maluco Lars Von Trier. Não sei muito a respeito do cara, mas posso afirmar que ele é maluco, doido de pedra!Aliás, diretores e atores são pessoas ainda um pouco desconhecidas no meu universo. Tá, atores eu sei vários né gente...dã, quem não conhece o Brad ou o Jonny...brincadeirinha...hehe. Agora diretores eu não conheço mesmo, mas estou aprendendo. Até já tive uma cadeira de cinema na faculdade e aprendemos sobre o diretor dinamarquês e toda a história do Dogma 95, mas acho que a gente se intera do assunto MESMO com a prática, ou seja, sendo espectador. Enfim, o filme era bom, tinha um humor bem sarcástico e era narrado pelo próprio diretor. Infelizmente, não foi o meu eleito da semana. Mas, valeu a experiência e fazia parte do festival né.
Na terça-feira, escolhi outro filme da mostra internacional, dessa vez um francês (tava demorando...). Cada um com seu cinema, do...melhor não citar todos os diretores, afinal ao todo são 35. Calma, melhor explicar. Trata-se de um filme coletivo composto por curtas-metragens dos principais cineastas da atualidade, entre esses nomes como Iñárritu, Water Salles, David Lynch e Lars Von Trier (o louco novamente). Ok, o "tal" de Lynch é muito pior (melhor?) no quesito loucura. Esse sim é insano!Quem lê pensa, "pqp que esta guria quer dar pitaco sobre diretores sem entender lhufas e ainda usando argumentos levianos a respeito dos caras?!?!". Como disse antes, ainda não entendo muito a respeito do assunto, simplesmente não sei. Sei que o americano é trash, cult e seus filmes nada convencionais. Andei lendo alguma coisa que outra, mas internet não é a fonte mais confiável do mundo. Então, ao menos por enquanto, prefiro me deter em qualificá-lo como louco. Pois, na minha opinião, além de influências, escolas, movimentos ou seja lá o que for, a loucura ronda muito a idéia desses diretores. Voltando ao filme, ou melhor, ao conjunto de curtas; adorei. Bom mesmo. Claro, entre 35 "histórinhas" uma que outra não "cola" muito. De qualquer forma, a grande maioria mostra o tema (cinéfilos, situações em salas de cinema) de uma maneira muito interessante. As comédias são de uma sutilidade incrivelmente parecida com a de um elefante. Quem perdeu, por favor, assista. Continua em cartaz. Atenção especial ao curta "Profissões", surpreendente!Hahahaha O mais legal é poder rir, chorar, ficar na dúvida, surpreender-se, sensibilizar-se, tudo em uma única sessão. Temos de espectador "tarado" a crianças africanas, passando pelas histórias amorosas ligadas pela pipoca e bombas que não dão trégua nem às películas.
Na quarta-feira, fui ao Arteplex esperando ver Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho. Um documentário comentadíssimo, que mescla histórias reais com ficção. Contadas por mulheres anônimas e as atrizes famosas: Andréa Beltrão, Fernanda Torres e Marília Pêra. Queria realmente prestigiar essa obra. Estava pronta para ser confundida pelos depoimentos falsos e verdadeiros das "personagens", quando soube que a sessão estava lotada. Ficou a vontade - não sei se é o sucesso ou o tamanho pequeno da sala 8 reservada para os filmes do festival. Sei que acabei assistindo Juno, vencedor do Oscar de melhor roteiro original, de Diablo Cody. Um filme light e perfeito para umas boas risadas. O texto é muito bom e as falas da personagem de Ellen Page melhores ainda. A reação dos pais dela ao descobrirem a gravidez é a mais clássica, TUDO é esperado, MENOS um filho para uma menina de 16 anos. E quando digo TUDO é TUDO, até usar drogas seria menos preocupante, na opinião do divertido pai. Diversão garantida com uma boa dose de inteligência, o que falta em grande parte das comédias americanas.
Enfim, chegou sexta-feira (sim, quinta ficou fora da lista, precisava de uma folga). Eu e minhas colegas famequianas ficamos em Porto Alegre e decidimos fazer um programa a trio. Super românticas, fomos ao cine. A idéia de assistir Persépolis foi da Bruna. O longa de nome esquisito me intrigava. Não sabia o que esperar de um filme de animação, dublado por atores franceses, a respeito da história do Irã. Acabei não esperando nada e encontrei tudo. Os desenhos em preto e branco, de início, parecem estranhos aos nossos olhos. É difícil acostumar-se a um filme sem atores reais que, por outro lado, também não é da Pixar, bonitinho e coloridinho como Nemo. A história sofrida de Marjane é narrada pela própria personagem, na língua estrangeira mais bonita do mundo. Além de uma aula de história das boas, os elementos usados prendem nossa atenção, ainda mais quando conseguimos perceber certos detalhes como a referência à tela "O Grito" em uma cena de desespero da personagem ao ver uma mão decepada após uma explosão (sei lá se era pra ser uma referência, mas eu enxerguei isso). Não sei explicar o porquê, mas se não fosse desenho, seria ridículo. Essa é a verdade. Uma história assim só poderia ser contada através de desenho e exatamente daquela maneira.
Para variar, já escrevi além da conta. Deixo pra vocês um "pequeno" e humilde relato de uma apreciadora e, quem sabe um dia, entendedora da 7ª arte. Afinal, filmes nunca são de mais.
sábado, 1 de março de 2008
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